No terceiro duelo do empatado confronto entre São José e Paulistano, a equipe da casa aproveitou melhor os erros do adversário, manteve boa qualidade técnica por mais tempo e cometeu menos turnovers do que seu rival, fazendo 2-1 na série melhor de 5, ao vencer por 85-74, jogando no Ginásio Lineu de Moura, em São José dos Campos.

O primeiro mando de quadra do time do interior foi bem aproveitado e as duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira, novamente no interior. Caso o São José vença, a série termina em 3-1 e a equipe avança de fase. Duelo com cara de final.

Na busca de igualar a quebra de mando e passar a frente na disputa, o Paulistano começou o jogo mais ligado. Marcando por zona e fechando bem a marcação, travava a movimentação de Baxter e guardou bem o garrafão, sem deixar Caio Torres pontuar, e o principal, sem deixar o maior reboteiro da Liga pegar a sobra.

Contando com Holloway e Dawkins com uma transição rápida e forte, o time da capital ditou o ritmo e tinha grande eficiência nos arremessos de quadra. Renato terminou o primeiro quarto com 7 pontos, sendo destaque da equipe e liderando o time para abrir boa vantagem no jogo, 21-11 para o Paulistano.

A volta para o segundo quarto acendeu o São José. Trabalhando mais o relógio, se mexendo mais e, principalmente, sem cometer os mesmos erros do primeiro quarto, o jogo ficou mais vistoso, mais equilibrado e os principais jogadores do time do interior apareceram. Laws chamou a responsabilidade no ataque e Caio Torres foi se achando debaixo da cesta, pegando os rebotes ofensivos.

O Paulistano manteve o forte ritmo, mas perdeu em qualidade, quando a dupla Holloway-Dawkins saíram e a diferença caiu para 4 pontos. O que salvou o time da capital foi o bom aproveitamento na linha de 3. Com três acertos em cinco chutes, o time do técnico Gustavinho chutava com liberdade após rápidos contra ataques conseguidos depois de rebotes defensivos. A margem continuava boa mas poderia ir ao intervalo com mais pontos. A pontaria boa para arremessos longos, faltava quando era lances livres. No final, Betinho colocou 2 pontos e o São José foi aos vestiários perdendo por 39-32, após vencer o segundo quarto por 21-18.

O começo do terceiro quarto mostrou um São José na mesma pegada do quarto anterior. Na mesma agressividade, o mandante detonou na partida com ótima atuação de Laws e Drudi, combinando para assistências e rebotes importantes. A vantagem logo era diminuida à um ponto e a arrancada do time de São José dos Campos parece ter acordado os rivais, que paravam de cometer turnovers e ceder rebotes ofensivos. O cestinha Renato continuava levando o time até cansar. A sua saída aliviou o time do técnico Zanon e Betinho assumiu o protagonismo para virar o jogo e levar o placar de 62-59 no último quarto, assumindo a vantagem com 30-20 no terceiro quarto.

O período final reservava fortes emoções novamente. Com muito mais erros do que anteriormente, as duas equipes perdiam posses bobas. No mesmo momento, um time estourava os 24 segundos e a outra equipe perdia a posse em violação de quadra. Com quase quatro minutos de jogo, apenas 5 pontos tinham saídos.

A baixa qualidade técnica do jogo enervou as equipes. Várias faltas foram marcadas, erros de arremessos livres feitos e isso respingou nos bancos de reservas. Por duas vezes, o técnico Zanon se exaltou e a arbitragem marcou duas faltas técnicas.

Sem aproveitar os arremessos, o Paulistano se distanciava da liderança com um aproveitamento um pouco maior do São José. Dedé, vindo do banco, foi o ponto de desequilíbrio, com média alta em lances livres e distribuindo bolas no perímetro. O jogo pegou no breu mas já não havia tempo suficiente para o time da capital. Novamente Dedé decidiu, roubou bolas importantes e garantiu a vitória por 23-15 no período e 85-74 no jogo. Vantagem novamente para o São José nos playoffs da NBB. O jogo em que não houve virada no minuto final.

Destaques do jogo

São José: Dedé - Fundamental vindo do banco, deixou 18 pontos e foi o fator de desequilíbrio neste jogo.

Paulistano: Renato - Com 17 pontos, o ala levou sua equipe na liderança enquanto teve fôlego. Sua saída tirou a referência de um pontuador e o time caiu muito.

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Sobre o autor
Diego Luz
De video game à política. Lendo tudo,ouvindo bastante e vivendo com base naquilo que acho certo. Muito prazer.