Com o Lineu de Souza novamente lotado, o São José tinha a escrita de nunca um time classificado na 11ª posição ter avançado de fase. E foi no grito que o time do interior encontrou forças para virar o jogo no momento decisivo contra o Paulistano e garantiu a vaga nas quartas de final dos playoffs NBB.

Agora classificado, o time do técnico Zanon pega o tradicional Flamengo na próxima fase. A torcida espera que o time continue quebrando escritas na sequencia da competição.

Novamente contando com a froça da torcida, a equipe do São José começou num ritmo forte. Pegando os rebotes ofensivos e trabalhando bem na área pintada, os mandantes foram deixando seus pontos, mas pecava na defesa. O Paulistano devolvia a força ofensiva rival com muita garra na briga pelo rebote no seu ataque. Posses importantes, pois eram nessas bolas que o visitante equilibrava as ações e tomou a frente numa bola de três no estouro do relógio. 21 a 19 ao time da capital em quarto de boa média de acerto.

Mais truncado com faltas e uma marcação mais atenta, a segunda metade do primeiro tempo teve um ritmo mais cadenciado. A boa porcentagem de acerto foi caindo e os ataques sucumbiam as defesas. As duas equipes conseguiam evitar rebotes ofensivos, mas muitas vezes, a arbitragem apitava faltas e os lances livres se tornaram cruciais no placar do jogo. Placar esse que não dilatava. A diferença maior foi de apenas cinco pontos ao Paulistano, logo diminuída. Na reta final, Gemerson dominou o garrafão e finalizava deixando o Paulistano em vantagem no intervalo. 20 a 16 no quarto e 41 a 36 no placar agregado.

O Paulistano voltou melhor e abriu 10 a 0 nos primeiros cinco minutos. Com a mão calibrada ainda do quarto anterior, Gemerson foi acertando tudo que atirava e só após uma parada do técnico Zanon para reacertar o time.

A torcida que lotou o ginásio Lineu de Moura empurrou o time e com a dupla Baxter/ Valtinho, o São José renasceu na partida e foi à caça no placar. A proximidade novamente foi adquirida e as equipes se equilibraram nas ações ofensivas e defensivas. Errando menos, o São José reviveu na partida ao vencer o terceiro quarto por 19 a 15, levando 56 a 54 contra si.

A verdadeira decisão iria ao quarto final. Perdendo apenas por dois pontos, a torcida fez do ginásio um caldeirão e empurrou o time. O nervosismo natural da pressão fez o nível técnico cair. Muitos erros e jogadas mal trabalhadas no ataque, deram pouco charme à um jogo que se desenhava épico ao final. Baxter e Laws então chamaram a responsabilidade e ditaram o ritmo do São José, à medida que a torcida vinha junto com eles. No grito, os donos da casa viraram e deixaram o Paulistano marcar apenas quatro pontos em sete minutos. Gustavinho então parou o jogo, afim de reanimar a equipe. A derrota eliminava o time da capital, mas a parada pareceu não ter surtido efeito.

A defesa do time do interior forçou o estouro rival e Betinho sacramentou a virada definitiva numa bola de três, levando o ginásio ao delírio. Festa total de um lado e desespero do outro. Tanto que o Paulistano se equivocava nos arremessos e chutava de qualquer jeito. Apenas em lances livres, o time paulistano marcou dois pontos, após cinco minutos zerado.

No minuto restante, o jogo estava liquidado. Holloway cometeu falta anti desportiva, Valtinho guardou seus pontos e a torcida quase invidiu a quadra. Só um milagre salvaria o Paulistano e ele não veio. Com um massacrante 20 a 9, o São José virou, fez 74 a 65 e eliminou o Paulistano.

Destaques do jogo

São José: Baxter- ala chamou a responsabilidade quando a torcida incendiou o jogo, acertou ótimas bolas pra 3 e guardou 18 pontos, sendo o cestinha do duelo.

Paulistano: Pilar- com 13 pontos e 5 rebotes, o ala tentou ao máximo estar bem nas duas frentes da quadra, mas quando o cansaço bateu, não teve outro companheiro para manter a equipe no jogo.