Após meses de debate, o atual comissário da NBA, Adam Silver, está desenvolvendo uma opinião sobre a desmoderada prática do Hack-a-Player e indica que haverão alterações nas regras para inibir a tática, como dito ao podcast NBA A to Z em seu mais recente programa.

Tendo em vista o crescente descontentamento com o excessivo uso de tais métodos, além da pressão midiática Silver disse: "Estou cada vez mais com a visão de que estaremos examinando para fazer algum tipo de mudança na regra neste verão". 

O Hack-a-Player, algo que em tradução livre seria próximo a 'Retalhar-o-Jogador', é uma estratégia utilizada por diversos times para conter a pontuação de seu adversário. Ela acontece quando se tem um oponente com particular falta de jeito nos lances livres e baixa taxa de acerto no quesito. 

O mais popular jogador que sofreu tais faltas e proporcionou aos rivais a precursão de tal estratagema foi o lendário pivô Shaquille O'Neal. Como é sabido, o colossal pivô era uma máquina de pontos, rebotes e tocos, mas era um terrível chutador de lances livres e em sua época não era incomum ver um Hack-a-Shaq - nome, inclusive, pelo qual a estratégia é mais reconhecida - ocorrer em suas partidas.

"Mesmo para aqueles que não querem me ver fazendo a mudança, estames sendo forçados a (tomar) essa posição justamente baseados nesses sofisticados treinadores que compreensivelmente usam toda tática disponível para si", ainda sobre o assunto, completa o comissário: "Essa não é a maneira que queremos ver o jogo ser jogado".

Na atualidade a artimanha tem acontecido na maior parte das vezes com alguns pivôs dominantes com a mesma ineficácia de Shaq quanto aos lances livres, como acontece com DeAndre Jordan - do Los Angeles Clippers no Hack-a-DJ -, com Andre Drummond - do Detroit Pistons no Hack-a-Drummond - e com Dwight Howard - do Houston Rockets no Hack-a-Howard. Já o uso mais peculiar se trata quanto ao realizado com o ala da rotação do líder absoluto Golden State WarriorsAndre Igoudala - jogador de boa técnica e competente arremesso, mas com bastante dificuldade ao lançar da linha de falta - no Hack-a-Iggy.

Algumas soluções são discutidas para eliminar, ao menos, reprimir a prática, como:

- Baní-la de vez

- Permitir o time que sofreu a falta optar pelos lances livres ou pela saída de bola - seja pela lateral ou pelo fundo - o que, necessariamente eliminaria a estratégia, como sugerido pelo analista do site SB Nation Tom Ziller

- Permitir os times o uso da estratégia, mas de maneira limitada, liberando um certo número de vezes por jogo que a falta intencional seja praticada

- Incluir uma tentativa extra de lance livre após uma certa quantidade de faltas intencionais sem bola, ideia como sugerida pelo analista da NBA.com David Aldridge