Rio 2016 marca a melhor olimpíada do Brasil na história
Isaquias Queiroz carrega a bandeira do Brasil na cerimônia de encerramento (Foto: Divulgação/Rio 2016)

O Brasil encerrou neste domingo a melhor participação na história das olimpíadas. Foram 19 medalhas no total, sendo 7 de ouro, 6 de bronze e 6 de prata, números que renderam ao país a 13ª colocação. Mesmo assim, a classificação ficou a baixo do esperado pelo Comitê Olímpico Brasileiro, que tinha a expectativa do país ficar entre os dez primeiros.

Entre os três medalhistas de ouro em Londres-2012, apenas um subiu no pódio, foi o medalhista Arthur Zanetti nas argolas. A judoca Sarah Menezes e a seleção feminina de Vôlei ficaram fora do pódio. Além disso, atletas que eram favoritos, como a dupla do tênis Bruno Soares e Marcelo Melo, e as seleções femininas de Handebol e Vôlei, decepcionaram, fazendo o número de medalhas serem menor do que podia ter sido.

Esse resultado final só foi possível devido a essas vitórias “inesperadas”. Modalidades como o boxe, canoagem, salto com vara, tiro esportivo, taekwondo e maratona aquática trouxeram medalhas inéditas ao Brasil. Isaquias Queiroz da canoagem foi o nome do Brasil nessa edição, foram duas medalhas de bronze e uma de prata.

Os medalhistas que surpreenderam foram o lutador Maicon Siqueira, que conquistou o bronze no taekwondo sendo 51º do ranking mundial; o ouro de Robson Conceição, boxeador que jamais havia sequer passado da primeira fase em Jogos Olímpicos; E Thiago Braz, ouro no salto com vara.

Além deles, atletas como Caio Bonfim, da marcha atlética, e a seleção feminina de futebol mostraram ao Brasil o quão importante é o apoio para o desempenho deles.

E é de comum acordo entre atletas, treinadores e organizadores, que o resultado foi apenas possível pelo investimento recorde do Governo Federal. Um levantamento do portal UOL calcula que foram gastos cerca de 50% a mais do que o investimento para Londres 2012, cerca de 2,19 bilhões de reais.

Porém, ao analisar o número de medalhas e o investimento feito, o desempenho não foi tão bom assim. Foram apenas duas medalhas no geral a mais que 2012. Levando em conta o “fator casa”, o Brasil foi um dos piores anfitriões da história.

Calcula-se que o país sede tem uma melhoria de quase 10% no quadro de medalhas em comparação a olimpíada anterior. Somente quatro países que sediaram os Jogos não ficaram no Top 10: a Grã-Bretanha (12ª em Londres 1948), o México (15° na Cidade do México 1968), o Canadá (27° em Montreal 1976) e a Grécia (15ª em Atenas 2004).

Mas, o legado que a Rio-2016 deixa é muito maior que a posição na tabela. O legado que ela deixa são modalidades antes esquecidas sendo relembradas. Modalidades antes desconhecidas sendo descobertas, e principalmente, atletas antes invisíveis se tornando heróis nacionais.

 

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