Eterno Capitão: Carlos Alberto Torres, o capitão do tri deixa seu legado no futebol brasileiro
Foto: Bruno Domingos/Reuters

Nesta terça-feira (25), o mundo do futebol amanheceu mais triste. Carlos Alberto Torres, o capitão do Tri do Brasil, faleceu pela manhã, aos 72 anos, no Rio de Janeiro, vítima de um enfarte. A classe com a bola e a personalidade forte eram as marcas do eterno capitão da seleção brasileira. O nome do Tricampeonato brasileiro, em 1970, marcou a história do mundo ao realizar o gesto beijar e levantar a Taça Jules Rimet. Carlos Alberto Torres, atualmente era comentarista do SporTV. O jogador estava em casa quando passou mal, na Barra da Tijuca. Ele foi levado para o Hospital Riomar, mas as tentativas de reanimá-lo foram em vão.

Seja como lateral direito ou como zagueiro, o capitão sempre desfilou pelos gramados com classe ao conduzir a bola nos pés. Era reverenciado no mundo todo pelo seu passado. Como treinador, Carlos Alberto teve seu auge as conquistas do Campeonato Brasileiro de 1983, pelo Flamengo, da Copa Conmebol, em 1993, pelo Botafogo, e do Campeonato Carioca de 1984, pelo Fluminense.

Como jogador, o capita, como era carinhosamente chamado, conquistou inúmeros títulos. No Fluminense, onde iniciou sua carreira, ganhou o Carioca em 1964, quando estourou no mundo da bola, e em seu retorno, os de 1975 e 1976, com a famosa Máquina Tricolor. No Santos, onde chegou ainda jovem, em 1965, viveu o auge de sua carreira, atuando ao lado de Pelé. Conquistou a Taça Brasil em 1965 e 1968, o Torneio Rio-São Paulo em 1966, a Recopa Sul-Americana em 1968 e muitos campeonatos paulistas - 1965, 1967, 1968, 1969 e 1973. No Botafogo, em sua rápida passagem, quando foi emprestado pelo Santos em 1971, mesmo sem títulos, Carlos Alberto Torres jogou ao lado de craques como Jairzinho e Paulo Cezar Caju. Em seguida, voltou ao Alvinegro Praiano onde ficou até 1974. Retornou ao Fluminense, onde viveu outro grande momento em sua carreira, com a Máquina comandada por Rivellino.

Carlos Alberto também teve passagem pelo Flamengo, de Zico. Rápida, mas com motivos para tal. Isso porque o New York Cosmos o queria. Como zagueiro, Carlos Alberto Torres  foi para a equipe americana recém-montada para atuar com supercraques.

Mas, o principal momento da carreira de Carlos Alberto torres, sem dúvidas, foi a conquista do Tri, em 1970, quando, no estádio Azteca, ao levantar a Taça Jules Rimet, eternizou não só o gesto, mas também uma geração.

CBF decreta luto oficial e abrirá sua sede para velório de Carlos Alberto

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decretou luto oficial de três dias pela morte de Carlos Alberto Torres, capitão da Seleção na conquista da Copa do Mundo de 1970. Além disso, a entidade decrlarou que o velório do jogador será realizado em sua sede.

"Será aberto ao público e à imprensa, como de costume nestes velórios, para que todos prestem suas homenagens. O horário dependerá da família", disse o secretário-geral da CBF, Walter Feldman.

Carlos Alberto Torres disputou 69 jogos vestindo a amarelinha e teve 54 vitórias, seis empates e nove derrotas, com nove gols marcados. Além do Mundial de 70, o jogador conquistou a Copa Rio Branco pela Seleção em 1968.

Confira, na íntegra, a nota oficial da CBF:

"Com enorme pesar, a CBF lamenta que o mundo do futebol tenha sido surpreendido, nesta terça-feira (25), pelo falecimento de Carlos Alberto Torres. Lenda da Seleção Brasileira, o Capitão do Tricampeonato de 1970 morreu no Rio de Janeiro, vítima de um infarto. O velório será realizado no prédio da CBF, na Barra da Tijuca. Os detalhes serão informados em breve.

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, declarou luto oficial de três dias. As bandeiras da sede da entidade estão a meio-mastro. Todas as partidas das competições organizadas pela CBF terão 1 minuto de silêncio.

Aos 72 anos, Carlos Alberto Torres deixa um enorme legado de conquistas e colaboração intensa para o desenvolvimento do nosso futebol. Obrigado, Capita. Sua história estará para sempre entre nós."

Obrigado, capitão. A equipe Vavel Brasil agradece pelo legado deixado para o futebol mundial.

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