Análise da 3ª temporada de The Flash na Warner
(foto:divulgação)

O principal evento abordado nessa temporada, Flashpoint (Ponto de Ignição) foi utilizado em somente um episódio, com The Flash explorando mais o “Paradox”, as conseqüências criadas pela última viagem no tempo do velocista que dá título a série, nos próximos episódios. O ferimento de Wally West e a gradual perda de lembranças de sua linha temporal original foram o necessário para que o protagonista Barry Allen (Grant Gustin) voltasse novamente atrás em sua decisão de salvar sua mãe na season finale do último ano. Decidido a reverter a situação criada por si próprio, ele acaba pedindo ajuda ao seu nêmesis pessoal, o Flash Reverso (Matt Letscher) que havia sido o antagonista principal da primeira temporada, para que ele recrie o trágico assassinato e restabeleça a linha do tempo anterior.

Três meses já haviam se passado com Barry vivendo nessa nova realidade desde que o Ponto de Ignição começou. O jovem estava vivendo tranquilamente, deixando seu posto de herói de Central City para o Kid Flash (Keiynan Lonsdale) e gradualmente tentando conquistar Iris (Candice Patton). Seus pais permaneciam vivos e encontravam-se apaixonados, com tudo seguindo um rumo agradável até que Barry passa a ter suas memórias de sua vida original apagadas aos poucos, havendo a possibilidade de perder suas habilidades mais uma vez, e por conta disso, toma a decisão de auxiliar na batalha contra o Rival, o velocista antagônico dessa realidade. É justamente quando Barry decide ajudar que Wally acaba ferindo-se gravemente, fazendo o Flash original decidir reverter suas ações equivocadas.

Apesar do programa não possuir condições de adaptar o famoso arco das HQ’s fielmente, The Flash conseguiu manter-se fiel a premissa principal da história, que consiste basicamente no herói voltando no tempo para impedir a morte de sua própria mãe, criando uma nova linha temporal problemática, arrependendo-se de sua escolha, tendo um diálogo a respeito de seus erros com o Flash Reverso, tentando concertá-los e, conseqüentemente, criando uma nova realidade. Ou seja, adaptaram resumidamente os principais elementos da trama, porém restringiram os acontecimentos apenas a sua série e diminuíram a escala deles para sua vida pessoal. 

As ações imprudentes de Barry geraram conseqüências que serão devidamente exploradas no arco central da season 3 que abordará “o perigo das viagens no tempo”, um tópico interessante. Barry se deparou com uma realidade relativamente alterada assim que o Flash Reverso o deixou na entrada de sua residência onde a corrida tinha se iniciado para impedir o falecimento de sua mãe. Joe (Jesse L. Martin) e Iris possuem um misterioso problema familiar que é revelado no episódio seguinte, restringindo o relacionamento de Barry com a garota a amizade, e um novo antagonista é introduzido brevemente: Alquimia deve ser a ameaça principal da terceira temporada. Os episódios posteriores mostraram mais detalhadamente as alterações dessa nova realidade, contando com a volta de Harrisson Wells (Tom Cavanagh) e Jesse Wells (Violett Beane), mas a produção deverá deixar as outras Terras em segundo plano agora.

Ainda que The Flash tenha potencial para mais, acredito que o Flashpoint poderá ter sido usado de maneira satisfatória, basta que saibam aproveitar as oportunidades oferecidas por ele e terem coragem para saírem da zona de conforto, abandonarem um pouco a fórmula e inovarem em determinados aspectos. Alquimia já representa um pouco disso, já que o vilão não é um velocista e não deve planejar se tornar mais veloz que o herói (ao menos aparentemente, ainda que ele conte com a ajuda de Savitar que também é um usuário da força de aceleração), apesar de sua identidade também ser um mistério assim como foi com os vilões principais das temporadas anteriores.

O novo ano de The Flash teve sua estréia oficial nos Estados Unidos em 4 de outubro pela CW e estreou em 20 de outubro no Brasil pelo canal pago Warner. As duas primeiras temporadas estão disponíveis no Netflix.

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