Colin Kaepernick virou destaque na imprensa norte-americana mais uma vez, mas não pelo que vez ou deixou de fazer dentro de campo. Antes do confronto diante do Green Bay Packers, no Levi's Stadium, o jogador do San Francisco 49ers não levantou durante o hino dos Estados Unidos e sua atitude chamou atenção. Após a derrota, o quarterback explicou o protesto e afirmou que a questão é maior do que apenas football.

O San Francisco 49ers ainda tenta acertar a posição de quarterback a poucos dias do início da temporada regular. Colin Kaepernick vem lutando por uma oportunidade desde novembro do ano passado, quando foi afastado e parece cada vez mais longe da titularidade. Entretanto, o jogador também está batalhando por outras questões. Nesta sexta-feira (26), Kaep permaneceu sentado durante o hino nacional e sua escolha vem gerando discussões. Ele já havia feito isso em outra partida.

O jogador explicou a atitude depois do confronto da pré-temporada: "Não vou me levantar e mostrar orgulho pela bandeira de um país que oprime pessoas negras e de cor. Para mim, isso é maior do que football e seria egoísmo da minha parte ignorar o que está acontecendo. Tem corpos na rua e pessoas que cometem assassinatos se livrando por dinheiro", disse ele em uma entrevista exclusiva ao NFL Media

A franquia de São Francisco também se pronunciou sobre o caso. "O hino nacional é e sempre será uma parte especial na cerimônia pré-jogo. É uma oportunidade para honrar nosso país e refletir sobre a grande liberdade que ganhamos como cidadãos. Em respeito aos princípios norte-americanos como liberdade de religião e liberdade de expressão, reconhecemos o direito de um indivíduo de participar ou não da nossa celebração do hino nacional", afirmou o 49ers.

A NFL também comentou brevemente sobre o ocorrido e evitou polêmica: "Os jogadores são encorajados, mas não obrigados a levantar-se durante a execução do hino nacional".

Kaepernick vem causando discussões desde que resolveu tomar essa atitude. Alguns especialistas acreditam que o protesto pode eliminar suas chances como QB titular da equipe, assim como muitos dizem não ter sido uma boa escolha. "Isso não é uma coisa que vou pedir autorização para alguém. Não quero aprovação. Tenho que estar ao lado das pessoas que são oprimidas. Se isso fizer minha carreira acabar, o apoio acabar, sei que estou protestando pelo que é certo", afirmou Colin ao dizer que não havia comunicado o protesto à franquia e que sabe que poderá não receber aprovação pela escolha.

Ele ainda disse que falou com sua família e discutiu sobre o assunto, além de presenciar diversas ações contra as minorias dos Estados Unidos. Com isso, o QB resolveu se envolver com as causas de direito dos negros.