O ex-jogador Luís Figo, postulante à presidência da Fifa, sugeriu nesta segunda-feira (13) um novo sistema de divisão de receitas para as federações de futebol. De acordo com o português, é necessário encaminhar mais verbas às associações de países pobres. O dinheiro é repassado pela organização da Copa do Mundo.

"Proponho que 300 milhões de dólares (R$ 930,1 milhões) sejam repartidos entre as associações-membro que mais necessitem do dinheiro, para que seja destinado para obras de projetos de infraestrutura futebolística", disse Figo em entrevista à Agência EFE.

O ídolo lusitano também propõe que metade das receitas da entidade máxima do futebol, estimadas em cerca de US$ 2,5 bilhões (R$ 7,75 bilhões), seja distribuída entre as federações filiadas. A iniciativa faz parte de um programa de solidariedade cuja duração é de quatro anos.

Adversário de Joseph Blatter - presidente da organização desde 1998 -, Michael van PraagAli bin Al-Hussein na eleição presidencial da Fifa, Luís Figo estima que cada federação receberia aproximadamente US$ 2 milhões (R$ 6,2 milhões), valor muito superior aos US$ 375 mil (R$ 1,16 milhão) distribuídos atualmente.

Nesta semana, o ex-jogador de Sporting, Barcelona, Real Madrid, Internazionale e seleção portuguesa viajará ao Caribe, onde participará do Congresso da Concacaf. O evento será realizado na próxima quinta-feira (16), nas Bahamas. Figo pretende seduzir as federações das Américas Central e do Norte com sua proposta de redistribuição de renda às associações. Muitos países da confederação possuem infraestrutura deficitária para a prática do futebol.

Tradicional aliada de Blatter, a Confederation of North, Central American and Caribbean Association Football vê sua relação com o atual presidente da Fifa estremecida nos dias atuais. Depois de a Federação de Futebol dos Estados Unidos da América ter indicado o príncipe jordaniano Ali bin Al-Hussein à corrida eleitoral do carro-chefe do futebol, o presidente da Concacaf, Jeffrey Webb, declarou que a Concacaf não induzirá seus membros a votarem em bloco. Jack Warner, presidente da confederação por 21 anos e um dos "braços direitos" de "Sepp" Blatter, se afastou do cargo em 2011, devido a acusações de suborno.