Neste domingo (26), Portugal parou para acompanhar o clássico entre Benfica e Porto, disputado no Estádio da Luz. A partida, válida pela 30ª rodada da Primeira Liga 2014/2015, era importante para a luta pelo título nacional. Apesar do empate sem gols diante de sua torcida, os Encarnados continuam dependendo apenas de si mesmos para conquistar a taça pelo segundo ano consecutivo. No topo, o SLB agora soma 75 pontos, três a mais que o FCP, e leva vantagem no confronto direto, primeiro critério de desempate, tendo em vista que venceu o rival por 2 a 0 no jogo do primeiro turno, no Estádio do Dragão.

A matemática para o título dos Azuis e Brancos é vencer os quatro jogos restantes e torcer para o Benfica não vencer dois deles. Enquanto os Dragões buscam o 28º título português, as Águias miram a 34ª conquista. O clube da Cidade do Porto corre o risco de não obter taça alguma pelo segunda temporada seguida, pois já foi eliminado da Taça de Portugal, da Taça da Liga e da Uefa Champions League. Por sua vez, a agremiação lisboeta briga por dois títulos: além de estar liderando a I Liga, disputará a final da Taça da Liga com o Marítimo no próximo mês - dia 28 de maio, em Coimbra.

Os comandados de Jorge Jesus voltam a campo no próximo sábado (2), às 14h de Brasília, quando visitam o vice-lanterna Gil Vicente no Estádio Cidade de Barcelos. No dia seguinte, também fora de casa, o time de Julen Lopetegui mede forças com o Vitória de Setúbal, outro plantel que luta contra a degola. O embate será no Estádio do Bonfim, às 15h15, horário de Brasília.

Primeira etapa monótona

No início do jogo, as equipes apenas se estudaram. Ambas se mostraram cautelosas, temerosas em se expor no ataque e acabar deixando espaços na defesa. Muitas jogadas eram paradas com faltas, tamanha era a disposição na marcação. A primeira chance que deixou os torcedores apreensivos veio aos 12 minutos, quando Gaitán tentou tocar para Jonas, mas teve o passe interceptado pelo goleiro Hélton.

Mandantes e visitantes tinham estratégias em comum: além de apostarem na forte marcação para deter o adversário, também se valiam de jogadas pelas laterais para chegar ao gol. Nesse âmbito, Maxi Pereira e Danilo desempenhavam papéis importantes. Mesmo assim, os times pecavam no último passe e tinham suas pretensões comprometidas. As dificuldades também apareciam na hora de criar jogadas.

No momento em que o relógio marcava 34 minutos, Jackson Martínez foi o responsável pela primeira finalização do jogo. O colombiano não soube se aproveitar da ótima posição em que se encontrava - estava dentro da área - e mandou a pelota por cima da meta. Dez minutos mais tarde, os portistas chegaram a balançar as redes, mas a arbitragem flagrou uma irregularidade no lance e anulou o gol.

Apesar de mais movimentado, segundo tempo também não vê gols

Conscientes de que era necessário mudar a postura na segunda etapa, os envolvidos passaram a se lançar ao ataque. Aos quatro minutos, Herrera obrigou Júlio César a trabalhar. A resposta veio através de Talisca, que parou em Hélton.

O jogo passou a ficar lá e cá. Quando o relógio apontava 10 minutos, o Benfica levou perigo em cobrança de falta; Talisca cabeceou para fora. O Porto respondeu com Jackson Martínez, que, também de cabeça, mandou pela linha de fundo. Aos 15, Pizzi recebeu passe na medida e arriscou de longe, obrigando Hélton a fazer boa defesa.

No decorrer do tempo complementar, viu-se um show de cartões. O árbitro Manuel Jorge Sousa distribuiu nada mais e nada menos que sete cartões amarelos durante os últimos 45 minutos: cinco para o FCP (Danilo, Quaresma, Martínez, Marcano e Maicon) e dois para o SLB (Fejsa e Júlio César). Na etapa inicial, apenas dois jogadores tiveram seus nomes anotados na caderneta do juiz: Eliseu e Gaitán, ambos do time da casa.

Já na reta final do clássico, os benfiquistas desperdiçaram uma oportunidade de ficarem em vantagem. Em chance semelhante à de Martínez, para o Porto, no primeiro tempo, Fejsa rematou por cima do gol.

As estatísticas mostraram os Dragões superiores na posse de bola e as Águias à frente nas chances criadas. Mas no que realmente interessava aos adeptos, os plantéis ficaram iguais: o 0 a 0 no placar ficou com gostinho de "quero mais" para os rivais. Mas quem continua a depender de suas próprias forças é o Benfica.

Cada um promete tratar os quatro compromissos restantes como finais. O título se mantém na rota.

Após o apito final, veio à tona uma calorosa discussão entre Jorge Jesus e Julen Lopetegui. Os técnicos tiveram de ser apartados para não proporcionarem maior briga.

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