O caso do escândalo de corrupção, fraudes e desvio de verbas da Fifa seguem dando repercussão entre os envolvidos no futebol. Nesta quarta-feira (27), Diego Maradona cedeu entrevista à rádio La Red, comentando sobre o caso.

O ex-craque argentino afirmou que a prisão dos representantes da Fifa acusados de corrupção prova que ele não estava "doido" ao frequentemente contestar a entidade organizadora do futebol internacional.

Campeão mundial em 1986, Maradona é um dos múltiplos críticos da organização, que teve sua honestidade colocada em cheque com a alegação de propinas aceitas por sete membros desde 1991.

"As pessoas disseram que eu estava louco. Hoje, o FBI revelou a verdade. Os americanos realizaram um trabalho impecável e agora os envolvidos têm de explicar o que está acontecendo. Os bons permanecerão e eu vou cuidar dos de caráter ruim!", afirmou Maradona em bom tom.

O lendário camisa 10 da Argentina sugeriu o destino que o dinheiro recuperado durante a investigação poderia ter: "O dinheiro deveria ser utilizado para construir um centro de treinamento para crianças da África. A Fifa possui reservas de um bilhão de dólares e há jogadores que não recebem mais do que 150 dólares", acrescentou.

"Hoje não há futebol, não há nenhuma transparência. Só mentiras para as pessoas e um show para reeleger Blatter. Agora, veremos se ele vai ser reeleito após tudo isso. Por onde ele esteve enquanto tudo isso acontecia? Queremos um homem do futebol no comando", completou Maradona.

Blatter irá em busca de seu quinto mandado para o comando da Fifa, cargo que o mesmo ocupa desde 1998. O Príncipe Ali Bin Al Hussein, da Jordânia, é o rival do presidente da entidade na próxima eleição.