Jorge Sampaoli leva Seleção Chilena para uma final de Copa América 28 anos depois

Há 3 anos no comando técnico do Chile, o argentino Jorge Sampaoli apareceu para o futebol treinando o pequeno Juan Alrich, do Peru, em 2002. Demorou para que o técnico ganhasse notoriedade dentro do futebol. Isso só foi acontecer em 2011, quando guiou a Universidad do Chile em uma brilhante campanha na Copa Sul-Americana e encheu os olhos de todo continente com seu futebol vistoso, bem jogado e de toque de bola.

Ao lado de Eduardo Vargas, artilheiro da competição, o treinador foi o responsável pelo título inédito que entrou para a história do clube. Tal feito, o credenciou a assumir a Seleção do país um ano depois, em 2012. De lá para cá, a Seleção Chilena só fez crescer e tem na figura de Sampaoli a principal razão para o seu sucesso. O 3º lugar nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, atrás apenas de Argentina e Colômbia, foi apenas uma de tantas demonstrações.

Desde então, o Chile vem figurando entre os grandes da América do Sul e medindo forças de igual para igual com Brasil e Argentina, antes soberanos no âmbito continental. A Copa de 2014 talvez tenha sido o maior exemplo disso. No grupo da morte, ao lado de Holanda, Espanha e Austrália, a Seleção Chilena não se intimidou e se classificou na segunda colocação da chave, eliminando a atual campeã do mundo, a Seleção Espanhola.

Na 2ª fase da competição, La Roja reencontrou seu algoz da Copa de 2010. O Brasil, que 4 anos antes havia eliminado a Seleção Chilena de forma incontestável, vencendo pelo placar de 3 a 0, por muito pouco não viu o sonho de vencer uma Copa em casa se transformar em pesadelo logo nas oitavas. Em jogo duro, Brasil e Chile empataram em 1 a 1 no tempo normal e a seleção canarinho acabou avançando nas penalidades. Nada que apagasse a brilhante campanha de Sampaoli e seus comandados.

Tomada pela euforia do sucesso, a Seleção Chilena vê na Copa América de 2015 sua chance de redenção. Disputando a competição em casa, o Chile não quer deixar escapar a oportunidade de conquistar o seu primeiro título do torneio em toda a sua história, e vem fazendo campanha impecável até o momento. As vitórias sobre Equador e Bolívia na 1ª fase por 2 a 0 e 5 a 0, respectivamente, e os triunfos sobre o Uruguai, atual campeão e o Peru, por 1 a 0 e 2 a 1, credenciaram a Seleção de Vidal para sua quinta final de Copa América.

No currículo, o Chile carrega o peso de 4 vices (1955, 1956, 1979, 1987) e quer acabar de uma vez por todas com essa escrita. Pela frente, terá nada mais, nada menos do que a toda poderosa Argentina de Messi, Dí Maria, Aguero e tantos outros craques. Será Sampaoli capaz de tal feito? Se tem algo que o treinador mostrou em 3 anos no comando da Seleção Chilena, é que não devemos duvidar de La Roja, ainda mais quando tem ao seu lado o combustível de sua apaixonada torcida.