Chile e Argentina se enfrentam neste sábado (4) em partida válida pela final da Copa América. Não é a primeira vez que as duas seleções se encontram no Chile em busca do troféu da competição. Em 1955 foi disputada a 23º edição da Copa América, que ainda se chamava Copa Sul-Americana. Ela foi sediada pela quinta vez em solo chileno, entre os dias 27 de fevereiro e 30 de março. Além dos anfitriões, participaram da competição mais cinco países: Argentina,  Equador, Paraguai, Peru e Uruguai.  As seleções jogaram entre si em único turno. 

O Chile estava perto de conquistar seu primeiro título. A seleção da casa tinha à disposição uma equipe repleta de estrelas, em uma das melhores gerações do futebol no país. Hormazábal, René Orlando Meléndez, Jorge Robledo, Manuel Munõz e Jaime Ramírez faziam parte daquele elenco consagrado. Com tantos craques, os Chilenos foram os que mais marcaram na competição, com 19 gols.

A Argentina voltava para a competição depois de dois torneios consecutivos fora. Logo de cara, ela descartou o principal rival, vitória por 5 a 3 sobre o Paraguai. Já contra um desfalcado Uruguai, a Alviceleste registrou um histórico 6 a 1, placar nunca repetido na história deste confronto. O único tropeço da campanha ocorreu no empate por 2 a 2 com o Chile. 

Classificação Final
  J V E D GP GC PTS.
Argentina 5 4 1 0 18 6 9
Chile 5 3 1 1 19 8 7
Peru 5 2 2 1 13 11 6
Uruguai 5 2 1 2 12 12 5
Paraguai 5 1 1 3 7 14 3
Equador 5 0 0 5 4 22 0


No dia 30 de março, Chile e Argentina entraram em campo para disputar a final. Antes, porém, uma confusão aconteceu fora das quatro linhas. Como as portas demoraram a se abrir, os torcedores começaram a empurrar um dos portões do estádio, ele cedeu e quem estava próximo foi esmagado. Foi a pior tragédia do futebol chileno. As versões oficiais contam sete mortos e mais de 500 feridos, oito deles gravemente, embora alguns meios de comunicação locais dissesse que o número de mortos é maior.

Se do lado de fora, a tristeza era grande. Do lado de dentro não era muito diferente. A seleção Argentina bateu os chilenos por 1 a 0, com gol de Rodolfo Micheli , aos 59 minutos.  Ele acabou se consagrando a artilheiro da competição com oito gols.  Enrique Hormazabal, do Chile e Gómez Sánchez, do Peru, terminaram o torneio com seis gols cada. Hormazabal marcou, inclusive, o gol número 1.000 da Copa América.

A Alviceleste sagrou-se campeã da Copa Sul-Americana pela décima vez.


Ficha Técnica: 

Estádio: Nacional, Santiago
Árbitro: Washington Rodríguez (Uruguai)

Chile: Misael Escuti; Rodolfo Almeyda, Manuel Alvarez, Ramiro Cortez, Eduardo Robledo; Isaac Carrasco, Enrique Hormazábal, Jaime Ramirez Band, Manuel Munoz (Guillermo Diaz Carmona); Jorge Robledo e Rene Melendez (Sergio Espinoza). Treinador: Luis Tirado

Argentina: Julio Elías Musimessi; Pedro Dellacha, Federico Vairo, Juan Francisco Lombardo, Arnaldo Balay; Ernesto Gutiérrez Rodolfo Micheli (Vernazza), Carlos Cecconato, José Borello; Anjo Labruna e Ernesto Cucchiaroni. Treinador: Guillermo Stabile.

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