Chile e Argentina se enfrentam neste sábado, às 17h, no Estádio Nacional de Santiago, no Chile, pelo mesmo objetivo, levantar o tão sonhado e aguardado caneco da Copa América. Para o Chile, o título vale a coroação da que talvez seja a melhor geração da história do país, com Aranguiz, Valdívia, Vidal, Vargas, entre outros. Por sua vez, a Argentina, depois de ser vice campeã mundial e sentir o gostinho do tri campeonato no ano passado, quer mais do que nunca levantar esse troféu e marcar Messi, Aguero, Dí Maria, Higuain e seus craques na história da Seleção do seu país.

Com melhor campanha, o Chile, dono da casa, venceu quatro das cinco partidas que disputou até aqui, teve um empate e não perdeu nenhuma vez. La Roja eliminou o atual campeão, o Uruguai, nas quartas e vem confiante para essa decisão. A Seleção Argentina também não perdeu. Empatou duas e venceu três, mas ainda não havia mostrado todo o potencial que pode alcançar até o 6 a 1 sobre o Paraguai na semifinal. A goleada encheu não só o elenco, mas a torcida de motivação.

Chile quer desencantar e mostrar que não amarela nas horas decisivas

Quatro finais, quatro vices. Esse é o retrospecto da La Roja em decisões de Copa América. Conhecida por figurar entre as Seleções medianas da América do Sul, de 2012 para cá, o Chile vem sido uma pedra no sapato das consideradas grandes. Brasil e Uruguai já sentiram do que o time comandado por Jorge Sampaoli é capaz. A Celeste acabou eliminada da competição nas quartas com gol de Isla e os brasileiros por muito pouco não foram surpreendidos nas oitavas da Copa do Mundo do ano passado, em solo brasileiro. A vaga veio suada nas penalidades e os chilenos lamentam até hoje a bola no travessão de Pinilla no fim do jogo.

Grande parte do sucesso se deve a chegada do técnico Sampaoli, que mudou o estilo de jogar da Seleção, apostando em um futebol mais leve, de marcação e entrega. Hoje, o Chile disputa de igual para igual com qualquer Seleção da América do Sul e encara o momento como perfeito para, enfim, levantar sua primeira taça, ainda por cima dentro de sua casa.

''Precisamos conter a euforia. Sabemos que estamos jogando dentro da nossa casa e queremos muito dar esse título de presente para nossa torcida, mas temos que manter a tranquilidade e jogar nosso futebol. Vamos enfrentar um adversário de muita qualidade, com jogadores do primeiro escalão do futebol mundial e precisamos estar preparados'', afirmou o treinador argentino, Sampaoli.

Argentina busca seu 15º título da competição para empatar com o Uruguai como maior vencedor

Para muitos, Lionel Messi é o melhor da história do país. As comparações com Maradona são inevitáveis, mas mesmo sendo quatro vezes vencedor da bola de ouro da FIFA, La Pulga ainda sofre por nunca ter levantado uma taça com a camisa de sua Seleção. A espera, no entanto, pode acabar neste sábado e a amenizar um pouco a dor da derrota para a Alemanha, que tirou o tri campeonato da Argentina e ainda é motivo de tristeza po parte dos torcedores.

''Queremos muito esse título para marcar essa geração fantástica do nosso futebol. Infelizmente, o Mundial acabou escapando e perdemos para a Alemanha, que teve todo o mérito, mas nós podíamos ter vencido. A Copa América para nós é a prova de que podemos conquistar coisas maiores lá na frente'', admitiu Tata Martino, ex-treinador de Messi no Barcelona e atual treinador do jogador na Seleção. 

A missão, no entanto, não deve ser fácil. A Alvi Celeste enfrentará um estádio lotado de chilenos ávidos pela mesma conquista. Sedentos também estão os argentinos, que há 22 anos não sabem o que é ser campeão. O último título conquistado pela Seleção de Messi foi em 1993, na Copa América do Equador. Ao que tudo indica, a previsão é de um grande jogo e a história está prestes a ser escrita, resta saber para qual dos lados será o fina feliz.