Alexandra Patricia Morgan, mais conhecida como Alex Morgan, nasceu em 2 de julho de 1989 em San Dimas, Califórnia. Desde a infância sua vida foi cercada por esportes, ele praticou softball, voleibol, basquetebol, futebol, atletismo, snowboard e wakeboard, como suas duas irmãs. Sempre foi uma menina muito competitivo, não só na quadra, mas também com a sua família. Havia sempre uma luta para ver quem era o melhor da família, mas Alex estava mais focado em vencer, especialmente porque era a mais nova e queria superar suas irmãs.

Foto: Reprodução/Sporting News

Durante o ensino médio, ela começou a fazer seu nome no futebol e voleibol, onde desenvolveu sua visão de jogo. Seus pais a levaram a praticar até três esportes em um dia, mas os tempos começaram a complicar, pois os treinos eram puxados. Então Alex teve que escolher apenas um esporte para ficar, e sua decisão não era tão difícil de tomar, já que o futebol foi sempre no topo de sua lista.

Carreira 

Sua carreira profissional teve o pontapé inicial quando em 2007 ele recebeu uma bolsa de estudos para estudar economia política na Universidade de Berkeley. Após sua chegada, o treinador Kevin Boyd, que a recrutou para jogar nos Ursos, havia deixado o cargo. Mas essa situação não era um obstáculo para ela, já que Cal Neil McGuire, sucessor Boyd, deixou-a treinar com a equipe, percebendo imediatamente que era uma jóia com recursos que raramente são vistos em uma jogadora de futebol.

Morgan estava melhorando suas habilidades técnicas e dinâmicas de grupo para estabelecer-se como a terceira jogadora com mais gols na história da equipe: ela balançou as redes 45 vezes em quatro temporadas.

Foto: Divulgação/Cal Athletics
Foto: Divulgação/Cal Athletics

Em 14 de janeiro de 2011, Morgan acertou com o Western New York Flash, e assim ela fez história ao se tornar a primeira jogadora da California Golden Bears a jogar numa equipe de futebol profissional dos Estados Unidos. Na temporada seguinte, Morgan foi para o Seattle Sounders Women e, desde 2013, a atacante foi para o clube onde está até hoje: o Portland Thorns FC, também dos Estados Unidos.

Foto: Divulgação/Portland Thorns FC
Foto: Divulgação/Portland Thorns FC

Devido a uma lesão em 2007, Morgan não foi chamada para treinar com a Seleção Norte-Americana Sub-20 até abril de 2008. Seu primeiro jogo pela Seleção Sub-20 foi em Puebla, no México, onde marcou seu primeiro gol internacional contra Cuba. 

Morgan foi chamada para disputar o Mundial Feminino Sub-20 de 2008, no Chile, onde marcou quatro gols no torneio contra a França, Argentina e Coréia do Norte. Seu último gol marcado contra a Coréia do Norte foi posteriormente eleito o mais bonito do torneio, e mais tarde, o segundo melhor do ano pela FIFA. O desempenho de Morgan no campo lhe rendeu a Chuteira de Bronze como a terceira melhor marcadora e a segunda melhor jogadora do torneio, ficando atrás de sua companheira Sydney Leroux.

Em 2011, foi convocada para diputar a Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2011, na Alemanha. No dia 13 de julho, marcou seu primeiro gol numa Copa do Mundo aos 82 minutos, na semifinal contra a França, na vitória dos Estados Unidos por 3 a 1.

Na final contra o Japão, Alex foi um dos principais destaques, entrando no segundo tempo regulamentar, e com apenas cinco minutos jogando, ela chutou na trave. Mas além disso fez o primeiro gol da final e ainda deu assistência para Abby Wambach marcar de cabeça o segundo tento dos EUA, porém as japonesas empataram o jogo em 2 a 2, e as nipônicas venceram nos pênaltis por 3 a 1.

 Foto: Kevin C. Cox/FIFA/Getty Images
 Foto: Kevin C. Cox/FIFA/Getty Images

Em 2012, Morgan foi convocada para os Jogos Olímpicos. Na fase de grupos, em que os Estados Unidos venceram as três partidas, Morgan marcou dois gols contra a França, deu uma assistência a gol para Megan Rapinoe contra a Colômbia e outra assistência para Abby Wambach contra a Coreia do Norte. Na fase eliminatória, Morgan novamente deu outra assistência para Wambach abrir a vitória por 2 a 0 sobre a Nova Zelândia nas quartas de final. 

Na semifinal, Morgan marcou o gol da vitória na partida contra o Canadá no tempo extra, colocando os Estados Unidos para disputar a medalha de ouro contra o Japão. Na final, no dia 9 de agosto, venceram as nipônicas por 2 a 1. Morgan deu uma assistência para a cabeçada de Carli Lloyd. Ela terminou o torneio com três gols e cinco assistências.

Foto: Michael Regan/Getty Images
Foto: Michael Regan/Getty Images

No final de novembro de 2012, foi indicada pela Fifa para a final do prêmio Bola de Ouro da FIFA, junto com a brasileira Marta e a estadunidense Abby Wambach. Em 2015 conquistou a Copa do Mundo de Futebol Feminino, no Canadá, após vencer o Japão na grande final por 5 a 2.

Foto: Rich Lam/Getty Images
Foto: Rich Lam/Getty Images

Expectativa para o Rio 2016

É fato perceber que Alex Morgan vem sendo uma das novas faces do futebol feminino dos Estados Unidos. Ela possui fortes critérios que a colocam à frente nesta corrida: uma Copa do Mundo FIFA, uma medalha de ouro olímpica em Londres 2012, forte presença na mídia social, além de estar engajada em um movimento pela igualdade de gênero no futebol profissional.

Em Londres 2012, Alex Morgan atuou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos. A atacante atuou como titular e, apesar de ter disputado a Copa do Mundo, tudo era novo. Atualmente, a atacante americana está mais evoluída profissionalmente, o que conta pontos, já que nas olimpíadas o torneio terá duração mais curta, exigindo maior concentração. O cansaço além de físico torna-se mental pelo curto intervalo entre os jogos.

A medalha de ouro conquistada em sua primeira participação nos Jogos Olímpicos parece não pesar tanto devido ao fato de Morgan querer superar seus limites sempre buscando o topo. Sua forte personalidade é um ponto chave, além da competitividade e foco nas competições que disputa, e com isso, Morgan pode ser considerada uma das principais peças do elenco norte-americano para os Jogos Olímpicos do Rio 2016.

Foto: Ronald Martinez/Getty Images
Foto: Ronald Martinez/Getty Images

Medalhas Olímpicas 

Em sua carreira, Alex Morgan disputou apenas uma edição dos Jogos Olímpicos e de quebra garantiu seu primeiro ouro com a seleção norte-americana em um Wembley completamente lotado com mais de 83 mil pagantes e quase 90 mil presentes. A final foi diante do Japão, onde as americanas venceram por 2 a 1 no dia 9 de agosto de 2012, conquistando a quarta medalha de ouro olímpica – a terceira seguida da seleção norte-americana na modalidade. 

Na revanche contra o Japão, que venceu os EUA na final da Copa do Mundo do ano anterior, as belas Hope Solo e Alex Morgan tiveram boa atuação, mas quem teve os holofotes no jogo foi a camisa 10 Lloyd. Com dois gols, ela conduziu a vitória americana em Wembley. Ogimi descontou para as japonesas.

Foto: Ronald Martinez/Getty Images
Foto: Ronald Martinez/Getty Images

Com a medalha de ouro em jogo, a partida foi marcada por um ritmo alucinante. Apresentando maior agressividade, as americanas tomaram a iniciativa, foram para cima e tiveram a recompensa logo aos sete minutos. Após boa jogada pela esquerda, Alex Morgan cruzou na medida e Lloyd cabeceou com força: 1 a 0.

O gol americano, porém, não desanimou as japonesas, que passaram controlar a partida. Sawa e Ogimi apareceram no jogo e, juntas, criaram as melhores chances do Japão, mas esbarravam nas defesas de Hope Sole. Em grande atuação, a goleira foi a principal responsável pelos EUA irem para o intervalo com a vantagem no placar.

Primeiro, Sawa deu um belo passe em profundidade para Kawasumi, que bateu na saída de Solo. Rampone salvou quase em cima da linha e, na sobra, Ogimi chutou à queima-roupa, mas Solo se jogou, fazendo uma linda defesa.

Foto: Reprodução/Reuters
Foto: Reprodução/Reuters

Mal deu tempo de as americanas se recuperarem e a dupla japonesa voltou a atacar. Desta vez, Sawa deu o cruzamento para Ogimi, que estava livre na área. A atacante cabeceou forte, mas Solo se esticou toda e conseguiu espalmar. A bola explodiu no travessão, e Ogimi chutou o rebote para fora. O Japão voltou a esbarrar na trave logo em seguida. Aos 33, Miyama chutou de primeira da entrada da área e carimbou o poste.

Apesar do claro domínio japonês, os EUA quase ampliaram, por acaso. Após cruzamento, Iwashimizu tentou cortar de cabeça, mas mandou na própria trave e, por pouco, não marcou contra. Um golpe rápido e preciso. Com a mesma estratégia da primeira etapa, os EUA chegaram rapidamente ao gol no início do segundo tempo. Logo aos oito minutos, Lloyd arrancou um pouco depois do meio de campo, deixou para trás duas japonesas e bateu da entrada da área: 2 a 0 e ouro bem encaminhado.

Se não se abateu com o primeiro gol americano, o Japão sentiu o golpe no segundo. Visivelmente nervosas, as japonesas passaram a errar passes fáceis, ao mesmo tempo em que ficaram bastante vulneráveis na defesa, cedendo espaços para os contra-ataques americanos.

Foto: Reprodução/Reuters
Foto: Reprodução/Reuters

Um lance confuso, no entanto, deu novo ânimo às japonesas. Após bate-rebate na área, a bola sobrou limpa para Ogimi, que mandou para o fundo da rede. O gol animou o Japão, mas não o suficiente para superar Hope Solo. Naquele que pode ter sido o lance de ouro, a goleira voou, a sete minutos do apito final, para defender um chute de Tanaka e garantir seu terceiro título olímpico e o quarto dos EUA.

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Sobre o autor
Natália Furlan
Uma profissional em construção. Sou um rascunho, uma prévia, um esboço. Sigo em busca da excelência, da primazia, da imponência.