Derrotados na estreia e precisando muito a vitória, Chile e Bolívia se enfrentam nesta sexta-feira (10) no duelo "tudo ou nada" do Grupo D da Copa América Centenário. As equipes viajam até Foxborough, em Massachusetts, e devem jogar a vida para não perder a chance da classificação. A partida começa às 20h (horário de Brasília).

Os resultados na primeira rodada da Copa América Centenário não foram bons nem para Bolívia, nem para o Chile. Com uma derrota por 2 a 1 para cada e nos dois últimos lugares no grupo, as seleções chegam buscando o resultado positivo e um novo gás para essa competição.

As equipes dividem a terceira colocação do grupo com zero pontos somados. Atrás de Argentina e Panamá, que se enfrentam pela liderança na rodada, Bolívia e Chile precisam vencer de qualquer forma para embolar o Grupo D na luta pelas vagas. Quem perder precisará não só de uma vitória na última partida, mas também de uma combinação de resultados para ir às quartas de final.

Chile perde no grande desafio do grupo, mas deve melhorar contra equipes mais fracas

A rodada inicial não foi fácil para o atual campeão da Copa América. Enfrentando justamente a Argentina, os chilenos acabaram não conseguindo segurar a potência argentina e, diferente do que aconteceu na final da competição no Chile, os adversários levaram a melhor e conquistaram os três pontos.

O último confronto foi equilibrado no primeiro tempo, mas a segunda etapa foi toda da Argentina. Apesar do gol tardio de Fuenzalida, o Chile não conseguiu reagir a tempo de tentar uma virada. Com isso, a equipe chega sabendo da necessidade de consquistar o resultado e deve ir com força total para cima da Bolívia.

Sabendo do momento ruim que a Bolívia vive, não será difícil para o Chile identificar exatamente onde estão as falhas do adverário. O treinador Juan Antonio Pizzi deve manter o time que perdeu para a Argentina, mudando talvez algumas peças pontuais. A única ausência é Mena, que saiu lesionado e será substituído por Orellana.

Pizzi falou com a imprensa antes do duelo e, além de pedir respeito com o adversário, considerado mais fraco e que muitos já dão como derrotado, ainda tentou diminuir as críticas aos chilenos, que vem sendo questionados pelo desempenho em campo. "Querem fazer os jogadores responsáveis por situações que não correspondem a eles. O nível de exigência é pouco habitual", disse o treinador.

Na coletiva, o técnico ainda afirmou que seus comandados estão com muita vontade de vencer e, apesar da derrota no primeiro jogo, ele tenta transmitir otimismo ao grupo para que se reflita nos jogos e nos resultados.

Bolívia em crise e sem confiança para melhorar

Se a situação da Bolívia já não era das melhores antes, após o início da Copa América ficou ainda mais difícil. A feia derrota para o Panamá deixou o clima ainda mais pesado e as falhas bolivianas devem piorar o delicado momento na competição.

Sabendo que apenas a vitória interessa, os bolivianos devem chegar com mais vontade e força do que na última partida. Contra o campeão e potente Chile, a equipe deve utilizar uma formação mais defensiva, mas ainda assim precisa sair para o ataque e assustar o gol chileno.

A seleção, que está em penúltimo nas Eliminatórias da Copa e é a mais fraca do Grupo, não deve oferecer resistência, mas procurará passar pela falta de confiança de seu torcedor para surpreender o Chile. O treinador Jorge Baldivieso deve ter dores de cabeça para escalar seus titulares já que Fernando Saucedo está fora e Diego Bejarano segue como dúvida.