Fazendo a melhor campanha em apenas três participações, ao chegar nas quartas de final, a Polônia tem mais um desafio pela frente nessa Eurocopa 2016. Nesta quinta-feira (30), no Vélodrome, em Marseille, o adversário da vez será Portugal, que soma quatro empates e ainda não foi derrotado, sendo uma das únicas seleções invictas no torneio, ao lado da própria adversária, de França e Islândia, que duelam, da Alemanha, rival da Itália, além das eliminadas Espanha e Irlanda do Norte.

Com duas vitórias e duas igualdades, as Águias Brancas eliminaram a Suíça nas oitavas e vem embaladas pelo bom momento que vivem. Na fase de grupos, venceram Ucrânia e Irlanda do Norte, ambas pelo placar mínimo, bem como um empate sem gols diante da Alemanha, o que as fez terminar na segunda colocação, sem ter a defesa vazada.

A esquadra lusa, capitaneada pelo craque e ídolo Cristiano Ronaldo, soma incríveis quatro empates nas partidas já disputados e usa como motivação os resultados concluídos com sucesso. Na etapa anterior, a vítima foi a Croácia, com gol marcado por Quaresma já na reta final da prorrogação, assim como as igualdades arrancadas ante Islândia, Áustria e Hungria.

O trio de arbitragem do terceiro confronto - só na Eurocopa - entre as equipes é todo de alemães membros do quadro da Fifa. No comando do apito, Felix Byrch, que já apitou 12 duelos no histórico do torneio. Os conterrâneos Mark Borsch e Stefan Lupp serão os auxiliares, com o sérvio Milorad Mažić sendo o quarto árbitro.

Polônia com força máxima para manter série histórica

Sem contar com desfalques ou suspensões, a Polônia aposta na boa fase para seguir vivo em busca da campanha histórica na Eurocopa. A seleção alvirrubra, entretanto, tem seis jogadores pendurados para as semifinais, caso avancem, sendo cinco titulares. São eles: Grosicki, Mączyński, Piszczek, Pazdan e Jędrzejczyk, cotados para iniciar entre os 11, enquanto o reserva Peszko deve seguir como opção.

Em compensação, Kapustka volta após ser a única baixa nas oitavas, contra a Suíça, por ter recebido o terceiro amarelo. Ídolo e artilheiro das Águias Brancas em atividade, Robert Lewandowski, esperança de gols na competição, passou em branco nos quatro jogos já disputados e, por isso, vem deixando a desejar.

Mesmo que o centroavante ainda não tenha sido decisivo no torneio, o técnico Adam Nawalka demonstra otimismo com a boa campanha da sua seleção. Para o treinador do time polonês, o desempenho até o momento não é nenhuma surpresa pela capacidade do grupo, já que busca seguir mantendo o alto nível.

"Penso que já mostramos que somos capazes e vamos esperar para ver até onde conseguimos chegar, pois nós temos consciência das nossas capacidades e sabemos que poderemos seguir em frente. Os resultados que estamos fazendo no torneio não são nenhuma surpresa, já que nós progredimos positivamente e estávamos à espera de conseguir mostrar nosso valor no mais alto nível", declarou o comandante.

Portugal com dúvidas para manter invencibilidade

Apesar de ainda não terem perdido nenhuma partida na Euro 2016, os lusos têm dúvidas para o duelo do tudo ou nada contra a Polônia. Por não ter ausências com lesões ou suspensões, as interrogações dos portugueses ficam por conta dos atletas pendurados com dois cartões amarelos, o que pode mudar o estilo de jogar.

O zagueiro Pepe, apesar de estar no alerta, deve ser o único a seguir entre os 11. Já o meia Quaresma, que marcou o gol da classificação às quartas, e o volante William Carvalho devem perder espaço, já que o treinador sinaliza mudanças no setor. Há a possibilidade de Rafa, do Braga, ganhar a vaga de Adrien e dar maior liberdade ofensiva pelo meio.

Por isso, Renato Sanches e Danilo disputam por um lugar na cabeça de área, enquanto que Eliseu deve ganhar para Raphaël Guerreiro na lateral-esquerda. Indefinições à parte, o treinador Fernando Santos reconhece as dificuldades do confronto e exalta a força tática do time adversário.

"Vai ser um jogo equilibrado, ainda que eu ache que a Polônia não seja parecida com nenhuma equipe que enfrentamos até agora. Valorizam muito a tática, passando da defesa para o ataque muito rapidamente e percebemos que tem muito trabalho por trás disso. Quando tivermos a bola, vamos ter de tentar ganhar vantagem, explorando os seus pontos fracos", afirmou o técnico.