De um lado, o melhor ataque desta Eurocopa, com oito gols; do outro, o segundo melhor, com sete tentos marcados. De um lado, Eden Hazard, o rei dos passes decisivos na competição; do outro, Gareth Bale, o atual artilheiro, ao lado do espanhol Morata e do francês Griezmann. Este é o cenário para confronto entre Bélgica e País de Gales, que acontecerá nesta sexta-feira (1) ás 16 horas, no Stade Pierre Mauroy, em Lille

Talvez este não fosse o encontro que se imaginava para as quartas de final do campeonato continental, mas ele esta para acontecer. Será uma dentre outras possíveis provas de fogo para a brilhante geração belga, que vinha sofrendo criticas por seu desempenho considerado fraco para uma seleção com tantos nomes de peso, mas que, desde sua derrota para a Itália na primeira rodada, vem em uma crescente, mostrando porque é uma das favoritas ao título. Já para a surpreendente equipe galesa, é uma chance de mostrar a força do futebol do país que já não conta com tantas estrelas, mas com a força do grupo e, em especial, a estrela de Bale. 

Na história recente das duas equipes, os quatro últimos confrontos demonstram um grande equilíbrio: uma vitória para cada lado e dois empates. No último encontro, em meados de 2015, foi o país de Gales quem saiu vitorioso, pelo placar de 1 a 0, com gol do próprio Bale. 

Não se trata “apenas” de Bale e mais 11 

Apesar de ser o grande nome de sua seleção e estar brilhando na Euro, o treinador belga Marc Wilmots afirma que o camisa 11 galês não é sua única preocupação e nem de seus comandados. “País de Gales realmente tem Bale, que desequilibra. Porém, tem outros jogadores importantes, pois não aposta em talentos e sim em um jogo coletivo digno de aplausos. Por isso que chegaram até aqui e a Bélgica vai ter que jogar muito mais do que jogou contra a Hungria para avançar” afirmou o treinador. 

Depois da belíssima atuação da Bélgica contra a Hungria, na vitória por 4 a 0, Eden Hazar disse em entrevista que repetir a apresentação contra os galeses será muito difícil, mas que não só ele como toda a equipe estariam em campo prontos a fazer seu melhor e lutando para chegar a próxima fase. Na mesma partida, o camisa 10 teve de deixar o campo antes do fim do jogo por lesão, mas voltou a treinar nesta semana, e disse na coletiva antes do duelo que fara tratamento intensivo para poder jogar. “Estou bem, pude treinar nessa manhã. Não senti muita dor. Quero jogar mais do que na partida contra a Hungria. Tenho que estar em campo. Ainda temos 24 horas e posso fazer tratamento durante o dia” declarou o meia. 

O técnico dos Red Devils, que perdeu o lateral Vermaelen na última partida, por suspensão, e corre o risco de não poder contar com Hazard os 90 minutos ainda teve mais uma baixa durante os últimos treinos: o zagueiro Vertonghen, que seria deslocado para a lateral esquerda para suprir a ausência de seu colega suspenso sofreu grave lesão no tornozelo e corre o risco de perder a reta final da Eurocopa caso a Bélgica vença hoje. Desta forma, Ciman e Denayer devem entrar como titulares nesta tarde. 

Sem espaços para os belgas 

Chris Coleman, técnico do País de Gales, sabe do poder que a Bélgica tem do meio para a frente, não é atoa que possuem o melhor ataque da competição; e alertou seus comandados para que sejam atenciosos quanto aos espaços dados para seus rivais. “Vamos duelar contra um adversário que é muito perigoso do meio-de-campo para o ataque, pois se mexe com grande facilidade, tem movimentação e muita qualidade. Não podemos permitir que eles possam deslizar no nosso setor defensivo. Não podemos dar espaços. Se conseguirmos neutralizar isso, temos grandes chances de vencer” afirmou o treinador. 

O grande objetivo é neutralizar, em especial, o próprio Eden Hazard, que após uma fraca temporada no Chelsea, vem dando o ar de sua graça na Euro com muitas assistências para seus companheiros, e teve brilhante atuação nas oitavas de final. 

Participando também da última coletiva que antecipa o jogo, Bale ressaltou a importância da partida para a história do País de Gales. “É a partida mais importante da minha geração e dos últimos tempos. É o maior na história desde as quartas de final na Copa do Mundo de 1958. Todos aqui queremos saborear esse momento e fazer tudo o que for possível para chegar às semifinais” declarou o meia. 

Diferente dos adversários desta tarde, a equipe de Gales contará com todos os seus jogadores para o confronto. Portanto, Coleman deverá repetir a escalação da última partida. 

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