Após anos de espera, finalmente estamos na semana de abertura da Olimpíada Rio 2016. Dentre os diversos esportes e estrelas que irão abrilhantar o espetáculo neste mês, não há como negar que a grande expectativa está para a disputa do futebol masculino. A Seleção Brasileira, que nunca conquistou o lugar mais alto do pódio, vai à luta por esta conquista com uma grande geração comandada por Neymar. Contudo, fortes seleções também chegam à "Cidade Maravilhosa" com o sonho de realizar um novo "maracanazo" em solo brasileiro. 

Sem suas principais estrelas, incluindo James Rodríguez, campeão há pouco tempo da Uefa Champions League com o Real Madrid, a Colômbia chega com uma forte nova geração para buscar o ouro olímpico no Rio. Roger Martínez, heroi da classificação na repescagem diante dos Estados Unidos, será outra baixa do elenco olímpico para enfrentar Suécia, Nigéria e Japão pelo Grupo B na fase de grupos.

Do ostracismo ao título da Libertadores da América e à Seleção Olímpica em um mês : conheça Miguel Borja

O setor ofensivo colombiano é provavelmente o mais qualificado dos últimos tempos da seleção. Porém, nomes como Falcao García e Jackson Martínez perderam força e notoriedade no cenário mundial nesta última temporada. Carlos Bacca, destaque de mais uma campanha razoável do Milan, acabou não sendo liberado pelo clube rossoneri para a disputa dos Jogos Olímpicos. Entre os nomes mais conhecidos na lista de convocados está o de Téo Gutiérrez. Campeão da Libertadores da América pelo River Plate, Téo fez uma temporada apenas regular pelo Sporting, e viu outro companheiro de ataque crescer no último mês com grandes apresentações.

Miguel Borja tem apenas 23 anos e havia atuado apenas em clubes modestos tanto da Colômbia quanto por empréstimo no exterior. Mas no último mês, o atacante ganhou a grande chance de sua carreira: Após temporada fantástica pelo Cortuluá, Borja foi contratado pelo Atlético Nacional-COL, para disputar as semifinais da Libertadores. Sua primeira partida pelo clube verdolaga aconteceu nada menos do que no Estádio do Morumbi, no confronto de ida diante do São Paulo. Em uma situação onde muitos se esconderiam ou sentiriam uma pressão devido a importância da partida, Borja anotou dois tentos no templo são-paulino e praticamente encaminhou a classificação à grande decisão. No Atanasio Girardot, outra grande atuação e mais dois gols na conta do arqueiro Denis, garantindo em definito o retorno do Atlético à uma final de Libertadores após 21 anos. E na final? Borja voltou a deixar sua marca ao marcar o tento do título verdolaga no confronto de volta após um empate por 1 a 1 no Equador, contra o Independiente del Valle.


(Foto: Miguel Schincariol /AFP/ Getty Images) 

Muita experiência e títulos sul-americanos: Carlos Restrepo, o comandante da tricolor olímpica

Treinador da Seleção Sub-20 desde 2012, Carlos Restrepo coleciona passagens na sua carreira por clubes sem expressão no cenário internacional. Na Colômbia, Restrepo iniciou seus trabalhos em 1992 ao comandar o Once Caldas. Obtendo uma boa temporada de início, o técnico acertou com o Junior Barranquilla três anos depois. Em sua primeira temporada pelo clube, Restrepo conquistou o Campeonato Colombiano. No ano seguinte disputando a Libertadores, acabou sendo eliminado pelo rival América de Cali nas quartas de finais.

Após a eliminação, Restrepo passou por Tolima, Independiente Medellín, Deportes Quindío, Deportivo Pasto e Deportivo Táchira, em um período de cinco temporadas. Sem sucesso, em 2002 o treinador acabou encarando o desafio de o Pérez Zeledón, da Costa Rica. O que parecia ser apenas uma curta passagem em solo costarriquenho acabou durando sete anos, onde Restrepo dirigiu mais quatro equipes do país, com um título nacional em seu currículo. Em 2010, outro grande desafio ao assumir o comando do Olímpia de Honduras, antes de retornar ao Pérez Zeledón, e assumir a seleção colombiana sub-20 dois anos depois. No comando da Tricolor, Restrepo conquistou o título Sul-Americano em 2013 em cima do Paraguai, em torneio realizado na Argentina.

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