Uma semana depois do massacre no Camp Nou, Valencia e Barcelona se reencontraram para um jogo que somente contava para a tabela. Em vantagem após goleada por 7 a 0 na ida, o Barça visitou um vazio Mestalla para apenas fazer número no jogo da volta contra a tradicional, mas em crise, equipe de Valencia.

E num jogo sem nenhum interesse e com quase nenhuma emoção, o empate prevaleceu. Um gol em cada fim de tempo e só. 1 a 1 para selar a vaga catalã. Agora, o Valencia busca a recuperação no Campeonato Espanhol, já que a crise bate forte na porta do time.

Enquanto isso, os culés estão tranquilos no aguardo do rival da decisão. Celta precisa de um milagre para vencer o Sevilla. Já na Liga, o Barça lidera com três pontos de vantagem.

Primeira etapa chata

Sem estar com a capacidade máxima, o Mestalla mais protestava do que apoiava sua equipe. A enorme vantagem catalã fez com que as duas equipes entrassem com seus reservas. E isso tirou muito da qualidade e a vantagem extremamente irreversível, tirou a vontade dos times em correr e buscar algum resultado. 

E o jogo se desenhou sonolento. Com uma qualidade maior, mesmo entre os reservas, alguns jogadores que são titulares muitas vezes no Barça, ditaram o ritmo do meio campo, alterando a velocidade e a cadência, casos de Sergi Roberto e Rakitic. Até que, com alguma movimentação, envolveram bem a equipe da casa, mas as chances de gols passaram por cima do gol, principalmente com Sandro, em chute da meia-lua, mas sem direção.

Em busca da pirimeira vitória e de um milagre para avançar, o time do Valencia apostava nas bolas altas e na força de Negredo contra a dupla de zaga do Barcelona. Sem grande marcação na entrada da área, a bola chegava fácil, mas faltava ajuda e o centroavante era presa fácil.

O jogo não tinha emoções, grandes jogadas ou empolgação. Valencia se mostrava conformado com a eliminação e só atacava pelos erros catalães. E foi num erro que o primeiro tempo terminou com um pouco mais de emoção. Negredo brigou com Vermaelen e Bartra, ficou livre na grande área e precisou de dois chutes para finalizar no gol. A bola nem foi tão forte e por muito pouco Adriano não salvou o gol. Foi o apagar das luzes de uma primeira etapa modorrenta.

Um pouco mais de emoção

Por mais esperançoso que fosse, o torcedor local não acreditava numa virada tão épica. Nem mesmo o próprio time, que voltou sem mudança. Ainda com reservas, era questão de tempo e de cumprir tabela, para as equipes acabarem com o calvário que a partida se desenhava.

Muito na base da bola alta, as chances apareciam de vez quando. Primeiro, foi Rakitic, que livre na marca do pênalti, testou por cima do gol. Outra boa chance, mas numa bola parada, teve o português André Gomes, que bateu uma falta perigosa, obrigando Ter Stegen à aparecer no jogo.

A partida novamente caía em rendimento. Sem o mesmo empenho, os treinadores buscaram rodar o elenco e fazer testes. Tanto foi, que Douglas entrou para jogar uns minutos e o brasileiro não conseguiu mudar o ritmo da partida. O mais perigoso do Valencia, Negredo também saiu e praticamente matou as chances de aumentar o placar. Naquele momento, o Valencia buscava a primeira vitória em meio à um enorme jejum.

E novamente no apagar das luzes, algo aconteceu. Pior para o Valencia que o jovem Kaptoum empatou, justamente em seu primeiro toque na bola. A bola foi cruzada por Aleix Vidal, a zaga acompanhou e olhou a bola passar e parar no jovem atacante, que dominou livre e empatou o duelo. Nem a vitória para motivar o time, a equipe da casa segurou.

Com isso, a vaia voltou a tomar conta e o apito final selou o caixão de um Valencia já morto, antes mesmo de começar a partida.