Real Madrid e Atlético de Madrid farão, pela segunda vez, em quatro anos, a final da Uefa Champions League. No último confronto entre os dois na competição, um jogo histórico, decidido nos acréscimos do segundo tempo deu o título aos merengues, na prorrogação, na temporada 2013/14.
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Mas dessa vez é diferente para a equipe de Diego Simeone. Mais calejada, e preparada para situações atípicas como essa. Os colchoneros querem decidir a taça nos 90 minutos, visto que na prorrogação, da última vez, um banho físico dos galáticos resultou no 4 a 1 e o vice-campeonato para os rojiblancos.
O Real, por sua vez, saiu feliz daquela noite em Portugal, no Estádio da Luz. Entretanto, o time de Zinedine Zidane não pretende passar pelo sofrimento de correr atrás do resultado até os acréscimos, ou então, mesmo que vencendo, ter de encarar uma angustiosa prorrogação.
O início de Zinedine Zidane na temporada 2015/16 foi com desconfiança. Após a demissão de Rafa Benítez, que não estava sendo sólido no seu comando, o francês, que treinava o Real Madrid Castilla assumiu o cargo. Desde então, engatou uma série invicta, dando a credibilidade que faltava ao time. Porém, uma curiosidade é válida ressaltar: a invencibilidade foi quebrada justamente pelo Atlético de Madrid, dentro do Santiago Bernabéu, no Campeonato Espanhol.
A temporada merengue se encaminhava ao fracasso, quando a troca de técnicos fez com que os galáticos prezassem pela ofensividade. Visto isso, a equipe e embalou goleadas incríveis, usando do poderio no trio BBC.
No fim, os merengues tiraram a diferença de 12 pontos do Barcelona no Campeonato Espanhol, e disputaram o título até a última rodada. Porém, sem sucesso. Na Uefa Champions League, uma campanha sólida que resultou em mais uma final. Na Itália, onde será a grande decisão, Zidane prepara os onze iniciais que usarão do bem mais precioso do time: a agressividade.
Em contraposição, o time de Diego Simeone é conhecido pela solidez defensiva e a garra deixada em campo. Em 2013/14, essas eram as únicas características do time colchonero. Em 2016, isso mudou. Além da defesa forte, o time vem correspondendo as situações de contragolpes, tal como contra o Barcelona, quando Griezmann marcou dois tentos e eliminou os catalães.
Contra o Bayern de Munique, os rojiblancos mostraram armas alternativas, como o controle do jogo, mesmo sem a posse da bola e a rigidez na marcação, na qual conseguirem segurar o time de Pep Guardiola na Allianz Arena e classificarem-se à tão aguardada final.
Visto isso, é possível prever um jogo aberto, onde o Real Madrid tome as ações ofensivas da partida, os colchoneros defendam-se com a solidez característica, mas também que não deixem de saírem para o contragolpe, visto que têm jogadores rápidos e agressivos suficientes para fazê-lo. Intensidade: a palavra da final no San Siro.