Foi mais uma exibição de gala do melhor jogador do planeta. Foi mais uma vitória do Barcelona. E foi mais uma derrota de Pep Guardiola como adversário blaugrana no Camp Nou. Nesta quarta-feira (19), a equipe dirigida por Luis Enrique aplicou 4 a 0 no Manchester City, pela terceira rodada do grupo C da Uefa Champions League 2016/17. Lionel Messi marcou três gols e sofreu um pênalti, desperdiçado por Neymar. No final, o brasileiro se recuperou e fechou o placar.

Com o resultado, o Barça mantém o 100% de aproveitamento no torneio. São nove pontos em três compromissos disputados, contra quatro dos Citizens, três do Borussia Monchengladbach e apenas um do Celtic, que perdeu em casa para os alemães. Na próxima rodada, daqui a duas semanas (terça, dia 2 de novembro), os duelos se repetem, mas com mandos invertidos.

Foto: Divulgação/Uefa

Tranquilidade de Messi dá vantagem ao Barça, que perde Alba e Piqué por lesão

O começo de jogo no Camp Nou não foi nada diferente do esperado. Exceto, na verdade, duas novidades nas escalações, uma de cada lado. Apesar de ter recebido alta médica na segunda, Sergi Roberto nem ficou no banco culé, e Mascherano iniciou como titular na lateral-direita. Enquanto isso, Guardiola optou por deixar Kun Aguero no banco, escalando Kevin De Bruyne como falso nove, flutuando na intermediária dos mandantes.

Com a bola rolando, o primeiro fato importante se deu aos oito minutos. Jordi Alba, que recém se recuperou de lesão, sentiu novo problema e acabou substituído por Lucas Digne. Aos 16, o gênio apareceu pela primeira vez no confronto para começar a decidir. Lionel Messi tentou achar Iniesta na frente, mas a defesa cortou parcialmente. A redonda voltou ao meio da área e, aproveitando escorregão de Fernandinho, o camisa 10 saiu na cara de Claudio Bravo e driblou o ex-companheiro antes de rolar para o fundo do barbante: 1 a 0.

Aos 20 minutos, momento em que a partida se mostrava truncada apesar dos movimentos táticos representando o que há de mais moderno no futebol atual, Suárez pegou sobra de bate-rebate na área e chutou na parte externa da rede. Logo na sequência, Piqué recebeu pontapé de David Silva e sentiu. Minutos depois, não aguentou e foi trocado por Mathieu. Quando o relógio apontava meia hora de jogo, Neymar saiu na cara de Bravo, porém o chileno se antecipou para evitar maior perigo.

Na reta final da primeira metade, os dois times passaram a encontrar mais espaços para criar situações de gol. Aos 31, Messi cobrou falta e Rakitic cabeceou por cima. Até então errando diversos passes finais no último terço do gramado, o City conseguiu ameaçar três vezes seguidas em dois minutos. Primeiro, De Bruyne chegou no fundo e cruzou forte para defesa de Ter Stegen. Em seguida, foi Nolito quem arrematou firme exigindo nova intervenção do goleiro. Por fim, aos 38, o alemão precisou esticar o braço esquerdo e evitar o que seria gol belo gol de Gundogan, em batida desferida de dentro da área.

Aos 43 e 45, Gundogan, por cobertura, e Stones, de cabeça, também estiveram perto de deixar tudo igual no marcador. Era o melhor momento dos ingleses no duelo. Mesmo assim, o Barça teve grande oportunidade de voltar a ir às redes. Em contragolpe, Messi acionou Suárez. O camisa 9 mandou de perna esquerda, rasteiro. Bravo defendeu com as pernas e depois se esticou para dar um tapa na bola, que morreria no gol. No último lance antes da ida aos vestiários, Sterling cruzou e a redonda desviou na mão de Digne, gerando pedidos de pênalti a favor da equipe de Manchester. Nada assinalado.

Foto: Divulgação/Uefa

Bravo é expulso, Lionel marca mais dois e Neymar fecha a conta no fim

Após o intervalo, os Citizens voltaram elétricos. Tanto que mal deu para respirar antes de Zabaleta tabelar com De Bruyne e mandar rasteiro, obrigando Ter Stegen a fazer difícil defesa. O time de Guardiola avançou ainda mais as linhas de marcação na busca do empate, mas, aos cinco, foi o Barcelona que quase ampliou: Neymar cobrou escanteio e Umtiti testou para fora.

Logo na sequência, aos sete minutos, um lance decisivo. Bravo saiu da área e tentou passe curto, mas mandou nos pés de Luis Suárez. O uruguaio tocou por cobertura e o camisa 13 meteu a mão na bola. Falta e cartão vermelho direto. Foram longos minutos de paralisação, até que Willy Caballero entrou na vaga de Nolito e Messi bateu a infração alto demais.

Não demorou muito tempo para que a supremacia catalã alterasse o placar. E foi novamente com o nome do jogo. Busquets pressionou a saída dos azuis e Iniesta acionou Messi. Com espaço na intermediária, o argentino puxou para dentro e finalizou no contrapé de Caballero: 2 a 0. O resultado parecia definido quando, aos 19, De Bruyne recebeu nas costas da zaga, avançou e mandou cruzado. Mais uma vez, Stegen fez bela defesa.

Foto: Reuters

Aos 23 minutos, as chances do City foram dilaceradas. Gundogan errou ao recuar e deixou Suárez na boa. O atacante olhou para o lado e viu Messi entrando sozinho. Com o passe perfeito, o gênio deslocou o arqueiro: 3 a 0. Logo depois, em falta frontal, Kolarov chutou forte e parou em Ter Stegen. Aos 28, Mathieu deu carrinho pesado em De Bruyne, recebeu o segundo amarelo e foi para o chuveiro mais cedo.

Já com André Gomes na vaga de Iniesta e Aguero ingressando no lugar de Gundogan, Neymar foi lançado na área por Rakitic e bateu em cima de Caballero. Aos 40 minutos, Messi infernizou a defesa rival outra vez. Após deixar dois para trás, acabou atropelado por Kolarov: pênalti. Mesmo com a possibilidade de anotar o quarto gol na partida, o camisa 10 deixou para Neymar, que cobrou mal demais, permitindo fácil defesa do goleiro. Mas na sequência, o brasileiro se redimiu. Recebeu de Lionel Messi, cortou para a perna direita e tocou no canto: 4 a 0, festa blaugrana e novo tormento de Pep Guardiola.