Neste domingo (28), a seleção da França recebe às 15h45, em Saint-Étienne, no estádio Geoffroy-Guichard, a Dinamarca para a disputa de mais um amistoso em preparação para a Eurocopa de 2016. Após a derrota sofrida para o Brasil, o treinador Didier Deschamps deve mandar um onze titular com vários nomes diferentes em relação aos que jogaram na derrota de 3 a 1. Na coletiva realizada antes da partida, Deschamps deixou a entender que Olivier Giroud e Nabil Fekir serão titulares e que pode dar chance para mais jogadores que não jogaram aproveitar alguns minutos em campo na partida de logo mais. Já Morten Olsen, que iniciou 2015 com uma vitória sobre os Estados Unidos por 3 a 2 na Dinamarca, não aprovou o tratamento que recebeu da Federação Francesa ao desembarcar em Saint-Étienne.

Deschamps dá chance e muda equipe titular

Em coletiva, Didier Deschamps foi objetivo. Disse que a lógica é dar tempo para todos os jogadores participarem das partidas e assim obter respostas, dando a entender que escalará uma equipe modificada em relação ao time que enfrentou o Brasil. "Farei várias mudanças. Isso pode prejudicar a expressão coletiva da equipe, pois não há repetição", declarou. Nabil Fekir e Olivier Giroud são dois jogadores que o treinador indicou que farão parte do time titular. Sobre o futebol do jovem atacante do Lyon, Deschamps mostrou cautela. "Existe uma expectativa que é forte, mas sejamos pacientes. É um jovem. Mesmo com todas as qualidades que possui, ele não é messias. Ele necessita de tempo. Está bem ambientado no grupo, mas não devemos exigir demais, mesmo ele tendo capacidade para fazer algo diferente". Questionado sobre o que falta para Giroud jogar como Benzema, Deschamps esclareceu o que acha dos dois jogadores. "Não falta nada. Eles são jogadores com um perfil diferente. Ou joga um ou outro, um depois do outro ou então os dois juntos. Giroud precisa manter o seu nível e efetividade", completou.

Olsen reclama da Federação Francesa por treinar em más condições

"Foi um tratamento desrespeitoso por parte da Federação de Futebol Francesa". Foi assim que Morten Olsen definiu o ocorrido que ele e a sua seleção enfrentou ao desembarcar na França. Em seu primeiro treinamento, a seleção da Dinamarca realizou seu treino no estádio Roger Baudras, que é usado por uma equipe de jogo e Olsen encontrou o gramado num estado prejudicado ao realizar as atividades com a sua delegação. "Eles nos prometeram bons gramados em Saint-Étienne. Nós preparamos um bom treinamento, mas não podemos realizá-lo, pois é bastante perigoso. É a primeira vez que vivencio uma situação como essa. Não é uma viagem de turismo, estamos aqui para jogar futebol. Não somos uma turma de colegial. Se soubéssemos que não teríamos um campo, devíamos ter ficado em Aarhus. Se eles nos deram um campo como esse, então vamos receber eles com algo bastante parecido quando vierem nos visitar", esbravejou Olsen.

O treinador da Dinamarca anunciou no último dia 17 que deixará a seleção da Dinamarca após 16 anos no comando. Morten Olsen assumiu a Dinamarca em 2000 e levou a seleção até as quartas de final da Eurocopa de 2004, sua melhor campanha durante os anos em que treinou a seleção escandinava. "Após 19 anos como jogador e 16 como treinador, é uma decisão emocional e delicada a ser tomada. Eu me sinto tranquilo e existem duas razões para isso: não quero a distração de pessoas discutindo se eu fico ou se vou e a Dinamarca terá bastante tempo para achar um substituto", disse Olsen no anúncio de sua decisão.