Neste domingo (29), a seleção da França recebeu a Dinamarca em partida amistosa disputada no Stade Geoffroy-Guichard, na cidade de Saint-Étienne. Depois de terem sido derrotados pelo Brasil no Stade de France, os Bleus foram a campo com uma escalação diferente da habitual. Dessa vez, o desfecho foi diferente: os franceses venceram os dinamarqueses por 2 a 0 e deixaram boa impressão à torcida. Os gols foram marcados por Alexandre Lacazette e Olivier Giroud, ambos no primeiro tempo.

O técnico Didier Deschamps também se mostrou satisfeito com a performance do selecionado nacional. "Sempre podemos ter mais ambições, mas mostramos boas intenções e tivemos sucesso em nossa proposta. Fizemos eles cometerem erros. Nosso saldo foi bom porque tivemos quatro jogadores ofensivos (Lacazette, Payet, Griezmann e Giroud) que se esforçaram bastante e justificaram as expectativas. Este jogo nos mostrou que muitos jogadores evoluíram, incluindo o terceiro goleiro (Stéphane Ruffier)", comentou. 

O ex-jogador de 46 anos justificou a escolha do esquema 4-2-3-1 para a formação inicial de seu time. De acordo com o comandante, o principal objetivo era marcar a defesa adversária sob pressão. "Esta era a leitura de jogo que eu estava fazendo em relação ao adversário. Eu coloquei quatro jogadores ofensivos porque suspeitava que teríamos a bola pela maior parte do tempo, e então quis colocar a defesa deles sob pressão. Olivier (Giroud) foi muito bom no apoio, e Dmitri (Payet) teve boa influência no jogo. Alex (Lacazette) usou sua velocidade e Antoine (Griezmann) foi bem atuando no meio. Eles se sentiram à vontade e fizemos boas ligações. Os laterais tiveram boa participação, e os volantes também jogaram bem", explicou.

Didier Deschamps comparou as atuações frente ao Brasil e à Dinamarca e comemorou a evolução do plantel. "Nós jogamos contra um Brasil que foi superior. Deixamos lacunas e eles aproveitaram. Já a Dinamarca não costuma tomar muitos gols, e conseguimos colocá-la em apuros no primeiro tempo. É bom reagir e voltar a vencer. Agora, os jogadores retornam aos seus objetivos em seus clubes", avaliou.

Sobre Lacazette, autor de um dos gols do triunfo da França, o técnico falou: "Essa é a marca de Alex conosco. Ele poderia ter marcado outro gol em outra situação. O gol de hoje só lhe fez bem, e ele certamente vai ganhar alguma experiência". O atacante do Lyon está na artilharia da Ligue 1 com a impressionante marca de 23 gols, mesmo número de sua idade, e vem despontando como uma das grandes promessas do futebol francês.

Por fim, Deschamps enalteceu o ambiente do Geoffroy-Guichard, palco da partida de hoje. Em contrapartida, criticou o comportamento de alguns torcedores. "No geral, foi uma grande atmosfera. Mas não posso deixar de falar de uma minoria que deu mais importância ao clube que o jogador defende do que à seleção. Alex (Lacazette, jogador do maior rival do Saint-Étienne, anfitrião do GG) respondeu bem no campo. Teria sido melhor se todos (os jogadores) tivessem sido apoiados da mesma maneira. Stéphane Ruffier, por exemplo, fez muito bem o que tinha de fazer. Ele era ovacionado toda vez que tocava na bola. Isso deve ser muito bom. E se for pela seleção da França, melhor ainda", concluiu.

O treinador ainda citou que a França estaria liderando seu grupo caso estivesse jogando as Eliminatórias para a Eurocopa de 2016. Boa parte dos amistosos preparativos da seleção para o torneio continental vem sendo diante das seleções do Grupo I, única chave das Eliminatórias a qual conta com cinco seleções. A equipe que teoricamente folgaria na rodada ganha o direito de enfrentar os franceses em um jogo amistoso.

O próximo selecionado da chave a enfrentar os Azuis é a Albânia. No último encontro entre os times, franceses e albaneses ficaram no empate em 1 a 1, no Stade de la Route de Lorient, em Rennes. O embate a seguir será na próxima data Fifa, em junho.

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