O Conselho de Estado francês anunciou nesta quarta-feira (3) a decisão que mantém três rebaixados e três promovidos nesta temporada da Ligue 1 e Ligue 2. A disputa entre a Liga de Futebol Profissional e a Federação Francesa de Futebol durou meses, com resultado favorável à FFF, indeferindo o pedido da LFP.

A Liga de Futebol Profissional, que cuida da Ligue 1, Ligue 2, Copa da Liga Francesa e da Taça dos Campeões, teve seu recurso negado pelo Conselho de Estado.

+ Entenda o caso

Em 9 de julho de 2015, a entidade alterou o regulamento da primeira divisão limitando a dois o número de rebaixados e promovidos ao final da atual temporada. Em 23 de julho, o Comitê Executivo da FFF anunciou a manutenção das três vagas, iniciando o conflito. A LFP juntamente com o apoio de 19 clubes da Ligue 1 – com a exceção do Guingamp – pediram para o Conselho de Estado para anular a decisão da Federação. Esse pedido foi indeferido.

A Federação interferiu e iniciou a disputa com a Liga por dois motivos: a decisão tomada pela LFP já seria aplicada nesta atual temporada. Além da distorção que causaria aos clubes da Ligue 2 em relação ao rebaixamento para a National (terceira divisão). Apenas duas vagas pra a elite e três rebaixados para o terceiro nível do futebol francês.

A nota oficial divulgada pelo Conselho de Estado explicou o motivo da decisão: “As federações desportivas são responsáveis, por lei, a uma missão de serviço público que podem ser exercidas diretamente, definindo as regras de organização de concursos, ou, para esportes profissionais, representar uma liga profissional criada.”

Cabe à federação alterar decisões da liga que sejam contrárias aos estatutos da federação ou que possa afetar os interesses gerais da disciplina que é responsável. Assim, as regras continuam a ser aplicáveis ​​até a temporada 2015/2016, ou seja, três acessos e três rebaixamentos entre a Ligue 1 e a Ligue 2”, citava o comunicado.

A batalha fora de campo entre Noël Le Graët, presidente da FFF, e Frédéric Thiriez, presidente da LFP, foi longa. Mas o assunto poderá voltar na próxima temporada. Thiriez defende que uma liga com apenas dois rebaixados favorece o maior investimento nos clubes sem medo de um descenso e o surgimento de novos investidores, como é o caso de PSG e Monaco.