O Nacional arrancou na frente do Vélez Sarsfield nas oitavas-de-final da Libertadores da América 2014. Na noite desta quarta-feira (23), no Defensores del Chaco, os donos da casa plantaram eficiência, deram muito trabalho a um oponente muito mais experimentado, e colheram um gol nos minutos finais do jogo, com Julián Benítez.

O gol solitário dá uma pequena vantagem ao Nacional Querido, que terá a vantagem do empate no jogo de volta, no José Amalfitani, na próxima terça-feira (29), às 21h45. Derrota por um gol de diferença, marcando gols longe de seus domínios, também dá a vaga ao Tricolor paraguaio. Vitória de 1 a 0 do Vélez leva o jogo para os pênaltis, e por 2 ou mais gols, dá a vaga ao Fortín.

A VAVEL Brasil acompanhou Nacional-PAR e Vélez Sarsfield lance-a-lance

A tendência era de um Vélez Sarsfield muito superior, no entanto esbarrou em uma noite especialmente sem inspiração, além de sentir muito a ausência do atacante Mauro Zárate, artilheiro do Torneo Final argentino, e um dos principais nomes do time na temporada. O trio de armadores formado por Canteros, Cabral e Correa não conseguiu abastecer o centroavante Lucas Pratto, por consequência, não levou perigo ao gol adversário.

Ja o Nacional foi extremamente eficaz em sua estratégia de não deixar o Vélez jogar, fechando todos os espaços, e conseguindo sair bem para o ataque, comandado pelo meia Melgarejo, melhor jogador em campo. O prêmio foi um gol aos 41 minutos da etapa complementar, quando o empate sem gols parecia o mais real dos cenários no gramado do Defensores del Chaco.

Paraguaios executam com maestria seu plano de jogo e demonstram superioridade

A verdade é que o Nacional tinha um desafio gigantesco quando o árbitro Héber Roberto Lopes deu o apito inicial. O Vélez Sarsfield era o time com a melhor campanha do torneio, só tendo perdido com seus reservas para o The Strongest. Os primeiros minutos começaram a desmentir esta tendência, mostrando um Nacional muito mais disposto a atacar, mesmo com um Vélez muito mais qualificado.

No entanto, esta melhor qualificação não se traduziu em jogadas corretas de ataque. A maioria das tentativas do time argentino esbarravam na defesa adversária, liderada pelo central Leo Cáceres, mas também contando com atuação excelente do volante Silvio Torales.

Na segunda parte do 1º tempo, vendo que o bicho não era tão feio quanto parecia, o Tricolor se soltou e começou a dar trabalho para o goleiro Sosa. As melhores chances foram aos 21 minutos, quando Orué saiu na cara do gol, mas chutou em cima do arqueiro uruguaio, e aos 39, quando o mesmo Orué aproveitou sobra dentro da grande área e mandou para fora.

Aplicação dentro de campo é premiada com gol nos minutos finais

O Vélez voltou do intervalo reconhecendo sua má atuação, tanto é que começou a arriscar de longe; Correa e Pratto tentaram, mas não levaram perigo ao gol defendido por Don, que defendeu ambas as tentativas com tranquilidade. Apesar das tentativas, a defesa, principalmente a atuação de Cardozo, substituto de Emiliano Papa, deixava o técnico Turu Flores preocupado.

Não era para menos. Aos 24 minutos Melgarejo passou como quis por aquele setor, e mandou um foguete, assustando Sosa. Quando Allione deu lugar a Nanni, recuando Canteros, se abriu um buraco na meia-cancha fortinera, permitindo ao Nacional cercar sua área com muito mais facilidade.

Assista ao gol do Nacional-PAR, marcado por Julián Benítez

Tamanha insistência acabou dando resultado. Jogada pela direita com Bareiro, que cruzou fechado, tirando da defesa do Vélez e encontrando Benítez, e o camisa 7 não perdoou. O goleiro Sosa ainda tentou tirar em cima da linha, mas não conseguiu. Festa da pequena, mas barulhenta torcida do Nacional no Defensores del Chaco. O Vélez tentou reagir, porém não mostrou nada diferente do que havia apresentado até então, e precisará recuperar o prejuízo no jogo de volta.

MN