Negar o favoritismo e o bom momento alemão nessa Copa do Mundo é algo extramamente impossível para os que estão acompanhando a competição. Isso, no entanto, não preocupa os jogadores argentinos. Pelo contrário, eles ressaltam que a badalação nos adversários da decisão vem desde antes do início do Mundial.

Afirmando que o objetivo era alcançar a semifinal, fato que não era alcançado desde 1990, quando as duas seleções também decidiram o torneio, o meia-atacante Kun Agüero se mostra bastante tranquilo com a situação e garante que não irá interferir em nada no comportamento dos seus companheiros.

"Desde que a Copa começou, a Alemanha era favorita junto com o Brasil. Seguem dizendo isso, mas vamos fazer o nosso jogo. Por um lado, nos serve que coloquem pressão neles. Mas nós não estamos aqui por casualidade. Fizemos um grande Mundial e final é final. Vamos fazer tudo para vencer", afirmou Kun.

Na opinião do atleta, a Argentina chegar à final foi uma surpresa, inclusive para os torcedores. Ao deixar a capital do país, em 9 de junho, a meta traçada pela comissão técnica foi ultrapassada pelo fato do grupo saber se unir em busca de alcançá-la.

"Nos armamos bem como grupo e montamos um time sólido. Estamos em uma final onde muitos pensavam que não íamos estar. Nosso objetivo era passar das quartas de final e quando isso aconteceu pensamos que podíamos ganhar da Holanda. Foi um jogo de xadrez. Nos pênaltis, foi sorte e estivemos bem", completou o meia-atacante.

Com três participações e, coincidentemente, sendo eliminado nas quartas de final, justamente para a Alemanha, nas últimas duas edições, o meia Maxi Rodríguez se preocupa mais com a vitória diante dos  germânicos a como fazer para alcançar o triunfo.

"Quando acabar a partida, não vão dizer se jogou bem ou mal, vão dizer que fomos campeões. Não importa a análise. O importante para este grupo foi ultrapassar a barreira das quartas. Estávamos com muita raiva por sempre perder ali. Estamos em um lugar privilegiado. Nos devíamos uma alegria assim, até pelo país que sofreu muito. Que domingo tenhamos a sobremesa", garantiu Maxi.

Por ter marcado o último gol do pênalti na disputa contra a Holanda, na última quarta-feira (9), o meio-campista evita citar favoritos em um duelo considerado importante. Comparando o caminho chegado pelas duas equipes à partida decisiva, enfatiza que a paciência é o ponto chave para ser campeão.

"Foi um resultado largo para um Mundial e com duas seleções poderosas. O Brasil estava um pouco chocado depois do segundo gol. Acho importante esperar um pouco, estudar e ver como jogar. É preciso ter paciência. Neste momento, ser favorito ou não é o mesmo. É algo que se fala nas ruas. Os dois têm a responsabilidade de serem campeões. Temos a nossa oportunidade e vamos tentar aproveitar. Para conseguir grandes coisas, é preciso correr, se dedicar. Neste sentido, melhoramos muito como equipe e crescemos. Temos Leo (Messi) e todos nós nas costas", finalizou o jogador.

Argentina e Alemanha irão decidir a Copa do Mundo no próximo domingo (13), às 16h, no Maracanã. Será a terceira vez que se decidem. Em 1986, no México, vitória por 3 a 2 dos sul-americanos. Quatro anos depois, na Itália, vitória europeia.