Torcidas inflamadas, recebimento fantástico, estádio fervendo. Nacional e San Lorenzo pisaram no lendário Defensores del Chaco nesta noite de quarta-feira (6), para disputar o primeiro jogo da final da Copa Libertadores da América. Com um gol para cada lado - de Matos, para o time de Boedo e de Santa Cruz para o time do Nacional -, a peleja terminou empatada em 1 a 1.

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O primeiro tempo foi completamente dominado pelo San Lorenzo. Com posse de bola, o Ciclón ficava com a pelota no meio de campo e chegava bem pelos lados. Apesar de ter marcado muito, o Nacional, quando chegou ao gol adversário, levou perigo. No entanto, nos primeiros 45 minutos o gol não saiu.

Já na etapa final a partida caiu bastante de produção, mas os gols apareceram. Os visitantes continuaram com o domínio, e Matos, de perna direita, abriu o placar. Quando tudo encaminhava para a vitória do San Loré, Santa Cruz empatou a partida para o Nacional Querido.

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Agora, as duas equipes voltam a se enfrentar na próxima quarta-feira (13), no Nuevo Gasómetro, na Argentina, às 21h15. Quem vencer, fica com o título. Em caso de empate, a partida vai para os pênaltis.

Foto: EFE

San Lorenzo domina, Nacional leva perigo, mas ninguém marca

A partir do momento que Wilmar Roldán, árbitro da partida, apitou o início do jogo, nada mais importava para quem estava em Buenos Aires, Paraguai e em tantos outros lugares da América e do Mundo. Nacional e San Lorenzo disputavam uma final de Libertadores inédita, e já por isso mereciam muito respeito. Respeito esse que todos têm - ou deveriam ter - pelas torcidas das duas equipes. A da casa, lotou completamente o lendário Defensores Del Chaco. Já a visitante, mais de 4 mil compareceram, e fizeram questão de cantar mais alto durante a primeira etapa.

No começo da partida, o estudo prevaleceu. Os toques de um lado para o outro eram inevitáveis. Porém, como franco favorito, o San Lorenzo resolveu tomar conta do jogo. Com boas jogadas de Buffarini, Piatti e Más, as chegadas ao ataque começaram a ficar perigosas. Aos seis e aos oito minutos, duas chances: a primeira foi bem interceptada pelo defensor; a segunda, o goleiro Don pegou tranquilo. Só que o time da casa, quando conseguia chegar ao campo de ataque, levava perigo. Foi o que aconteceu aos dez minutos, quando Melgarejo foi lançado, escorando de cabeça para Benítez, que chutou da meia-lua por cima do gol.

Ciclón foi melhor, e Más acertou a trave na jogada mais perigosa da primeira etapa

O Nacional Querido, apesar de não ter ficado tanto com a bola, assustava o time argentino. Em um desses sustos, que aconteceu aos 26 minutos, Cáceres, após cobrança de escanteio, colocou o pé esquerdo na bola. Caprichosamente, 'la pelota' subiu e passou muito perto do gol, tirando um 'uh' da torcida do Tricolor Paraguaio. Os mandantes acharam que o chute de Cáceres seria o lance mais perigoso dos primeiros 45 minutos. Ledo engano. Quatro minutos depois, Piatti recebeu a bola, viu Más passando correndo ao seu lado e só rolou para o companheiro, que chegou batendo forte, fazendo-a explodir na trave.

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Com poucas chances, mas com muita vontade, os dois times fizeram um primeiro tempo ótimo. Os argentinos tiveram um domínio claro, porém territorialmente. Alugou o meio-campo e fez a bola girar para um lado e para o outro. O Nacional, quando esteve com a bola no pé, tentou a todo momento levá-la ao gol, para conseguir ir para o vestiário em vantagem. No entanto, nenhum dos dois conseguiram colocar a pelota no fundo da rede.

Matos e Santa Cruz marcam e partida termina empatada

45 minutos mais estavam pela frente, e as duas equipes queriam de qualquer maneira sair na frente no primeiro duelo da final. Com o empate que estava no placar, o San Lorenzo estava tranquilo, já que levava um bom resultado para o seu estádio. No entanto, o time de Buenos Aires queria um pouco mais, e começou a segunda etapa como terminou a primeira: dominando. Só que o jogo não era agradável, muito por conta da dificuldade dos times de criar.

O primeiro a chegar ao ataque na segunda etapa foi o Nacional, quando Meridoza invadiu a área e foi derrubado pelo defensor. Sem exitar, Wilmar Roldán mandou o jogador levantar. A partida era fraca, com nenhum dos times conseguindo chegar ao gol e criar chances. Mas aí, aos 19 minutos, Villalba recebeu pela esquerda, cruzou na área e Matos, antecipando o zagueiro, tocou de direita no cantinho, para o fundo do gol. Os 4 mil visitantes que estavam na cancha soltaram o grito de gol que estava na garganta.

Santa Cruz deixa a definição para o Nuevo Gasómetro

A partir daí, com a necessidade do empate, o Nacional foi para o ataque. Na pressão - que não era tão forte assim - Domínguez recebeu pela direita, driblou Mercier e, quando sentiu o toque, se jogou. Mais uma vez, o árbitro mandou seguir o jogo. Apesar da tentativa de pressionar o Ciclón, o Nacional não conseguia criar muita coisa. O San Lorenzo, por sua vez, não tentou mais jogar. Tranquilo, o time de Boedo, quando tinha a bola, apenas administrava e deixava o tempo passar.

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A torcida do San Lorenzo cantava como se já estivesse com a mão no título. Porém, ainda tinha pela frente os acréscimos. E foi nele que Santa Cruz, no último lance, após bola levantada, colocou a pelota para dentro do gol de Torrico, fazendo explodir o Defensores e deixando o título ainda em aberto.