Cerro Porteño e Boca Juniors se enfrentaram nessa noite de quinta-feira (06) no Estádio Defensores del Chaco, pelo jogo de volta das quartas de final da Copa Sul-Americana 2014. A primeira partida, na Bombonera, teve vitória dos locais pelo placar mínimo, 1 a 0. A partida de volta terminou em 4 a 1 para os visitantes, com gols de Jonathan Calleri, Andrés Chávez (duas vezes) e Emanuel Gigliotti para o Boca; Daniel Güiza havia empatado para os locais.

A ótima campanha no Clausura 2014 faz o Cerro Porteño não estabelecer uma prioridade nesse final de primeiro semestre. No torneio local, a equipe é a segunda colocada com 28 pontos, dois a menos que o líder Libertad. Isso com uma partida a menos, adiada por conta desse confronto pela Sul-Americana. Para essa partida de volta, o Ciclón contou com a volta do jovem meia Óscar Romero, substituído há uma semana na Bombonera e que treinou separado dos demais jogadores visando o confronto de volta. De folga no último final de semana, a equipe empatou a sua última partida em casa por 1 a 1, com o Rubio Ñu na última rodada do Clausura há uma semana e meia.

A sequência de bons resultados após a chegada de Rodolfo Arruabarrena acabou e o Boca Juniors voltou a ser irregular após derrotas para o Racing e o fraco Deportivo Capiatá-PAR. Mesmo assim, o técnico somava nove vitórias, três empates e três derrotas sob o comando da equipe antes do jogo dessa quinta (06), aumentando consideravelmente o aproveitamento da equipe após a saída de Falcioni. No último final de semana, com a equipe praticamente reserva, foi derrotado para o San Lorenzo por 2 a 0 fora de casa. A diferença para o líder River de oito pontos em cinco jogos praticamente acabou com as chances de título local. Esse placar tornou a Copa Sul-Americana o objetivo principal do clube nesse fim de semestre.

Com essa goleada, o Boca Juniors se classificou para as semifinais da Copa Sul-Americana 2014, já que somou a vitória na primeira partida em casa por 1 a 0 com o placar desse jogo de volta. Os Xeneizes enfrentarão River ou Estudiantes para disputar uma vaga na final. Logo, teremos um argentino na final da Copa Sul-Americana 2014.

Boca abre o placar, mas Cerro empata

O Boca Juniors começou a partida mais ligado e teve duas chances claras de marcar nos primeiros dez minutos. Aos dois minutos, Gago deixou Chávez livre dentro da área. O jovem atacante tirou demais de Barreto e desperdiçou grande chance, chutando para fora. Seu companheiro de ataque, todavia, não vacilou. Chávez recebeu bola desviada e rolou para Jonathan Calleri, sem goleiro, abrir o placar.

O jogo seguiu aberto, com chances para os dois lados. Aos 21 minutos, Calleri isolou, cara a cara com Diego Barreto, após belo passe de Meli. O Cerro respondeu um minuto depois com jogada individual de Óscar Romero pela esquerda, parando em Orión em chute cruzado. O empate chegou aos 27 minutos. Sperdutti cruzou meia altura e Daniel Güiza completou para as redes de carrinho.

Pelo seu lado direito, com o veloz Maurício Sperdutti, os paraguaios seguiram atacando e levando perigo. Nicolas Colazo, improvisado no setor, teve trabalho para marcá-lo. Já o Ciclón tinha sua última linha defensiva muito aberta e facilmente penetrável. A linha de impedimento local falhou em inúmeros lances durante toda a partida.

No contra-ataque, os argentinos consolidam goleada

Aos poucos, o Cerro Porteño foi encurralando o Boca em sua defesa com cruzamentos e pressão na saída de bola. No momento em que o Cerro mais apertada o Boca Juniors em sua defesa com sucessivas cobranças de falta de Jonathan Fabbro na entrada da área, os Xeneizes encaixaram um contra-ataque e mataram o jogo. Fernando Gago puxou o contragolpe e deu belo passe para Chávez, assim como no segundo minuto de jogo. Dessa vez, aos 21 minutos, o atacante tocou com categoria na saída do goleiro e colocou o Boca na frente.

A grande vantagem dos visitantes mudou completamente a configuração do jogo. O Cerro Porteño, precisando de três gols, foi desesperado para o ataque. Com isso, deixou espaços vulneráveis na defesa. Emanuel Gigliotti, recém disposto em campo, deixou o seu após tabela com Chávez e drible no goleiro, ampliando para 3 a 1. Durante cinco minutos o jogo foi paralisado por conta do arremesso de objetos em campo em direção do goleiro Orión. 

No retorno, o jogo se desenhou da mesma maneira. Os paraguaios, desorganizados, tentavam diminuir por respeito à torcida. A defesa, que já estava aberta no primeiro tempo, ficou abandonada. Chávez recebeu lançamento, ganhou na velocidade e tocou na saída de Barreto, marcando seu segundo gol e fechando a conta com o quarto gol do Boca Juniors.