Na noite dessa quarta-feira (3), Atlético Nacional e River Plate se enfrentaram no Estádio Atanasio Giardot, na Colômbia, pelo jogo de ida da final da Copa Sul-Americana 2014. A partida terminou em um empate de 1 a 1, com gol de Orlando Berrío para os locais no primeiro tempo e Leonardo Pisculichi para os visitantes do segundo tempo.

O Atlético Nacional teve dificuldades para chegar na final dessa competição. Foram seis vitórias, um empate e três derrotas, 11 gols marcados e sete sofridos na campanha. A trajetória do Rey de Copas teve vitórias fáceis, difíceis, resolvidas no primeiro jogo e conquistadas nos pênaltis, como nas semifinais diante o tricolor paulista. A equipe colombiana passou por La Guaira-VEN, General Díaz-PAR, Vitória, Universidad Cesar Vallejo-PER e São Paulo. Sherman Cárdenas, um dos destaques da equipe, começou a partida no banco de reservas por opção do técnico Juan Carlos Osorio.

Já o River Plate enfrentou grandes dificuldades somente na semifinal. O Millo entrou em campo invicto na competição com sete vitórias e um empate, tendo marcado 15 gols e sofrido apenas quatro nessa campanha. Pelo caminho, deixou Godoy Cruz-ARG, Libertad-PAR, Estudiantes-ARG e o rival Boca Juniors-ARG. O Atlético Nacional é apenas o segundo estrangeiro que o clube argentino vai enfrentar no torneio. O primeiro foi o Libertad. O lateral direito Gabriel Mercado, suspenso pela quantidade de cartões amarelos, foi substituído pelo jovem Emanuel Mammana, de apenas 18 anos, nesse primeiro jogo da final.

Com esse placar de 1 a 1, tudo será decidido na segunda partida, no Estádio Monumental de Núñez, com o mando do River Plate. Quem vencer se tornará campeão. Caso a partida de volta também termine empatada, independentemente da quantidade de gols, teremos prorrogação e, se necessário, pênaltis.

Pressão resulta em gol verdolaga

O primeiro tempo foi dominado completamente pelo Atlético Nacional. Com o passar do tempo, a pressão acabou perdendo sua intensidade. Nos três primeiros minutos, a equipe colombiana teve dois escanteios e assustou o River Plate. Aos cinco minutos, Cardona bateu falta de longe, Barovero desviou e a bola bateu no poste direito do goleiro. No lance anterior, o mesmo Cardona teria seu chute cruzado defendido pelo arqueiro argentino.

O River Plate até chegou a assustar em duas oportunidades. Aos 10 minutos, o colombiano Teo Gutiérrez, dentro da área, virou e chutou por cima do gol de Armani. Já aos 31 minutos, a principal chance millonaria nessa primeira etapa: Mora fez jogada individual pela esquerda e rolou para Vangioni, que chutou cruzado. Teo Gutiérrez deu carinho, mas não conseguiu tocar na bola e colocá-la nas redes. Mesmo assim, o Nacional dominava o jogo com jogadas incisivas pelas laterais e bolas paradas consecutivas jogadas na área adversária.

A resposta ao River Plate viria dois minutos mais tarde. Cardona deu ótimo lançamento para o atacante Orlando Berrío, que chutou cruzado na saída de Barovero. A bola bateu na trave e entrou, abrindo o placar para o clube colombiano. Cinco minutos mais tarde, um lance similar. Agora Ponzio errou na saída, Berrío chutou cruzado e Barovero espalmou para escanteio.

River domina segunda etapa e empata o jogo

Nos primeiros lances do segundo tempo já ficou evidente a mudança de postura do River Plate. A equipe voltou do vestiário muito mais agressiva e ofensiva. Logo no primeiro minuto, Teo Gutiérrez lançou Carlos Sánchez, que tocou, de primeira dentro da área, na saída de Armani. O goleiro argentino defendeu em dois tempos. Aos quatro minutos, em falta de longe, Pisculichi chutou forte e Armani espalmou para o meio da área.

O Atlético Nacional até teve a chance de ampliar em uma escapada. Berrío fez jogada individual pelo lado direito e cruzou para Sebastian Pérez dar peixinho e carimbar a travessão de Barovero. Quatro minutos mais tarde, como no primeiro tempo, a punição pela chance desperdiçada: Leonardo Pisculichi, em jogada individual, chutou forte de fora da área e Armani aceitou, concedendo o empate aos visitantes.

Na segunda metade da etapa final, ambas as equipes tiveram suas chances de vencer o jogo. Aos 24 minutos, Cardona bateu escanteio, Barovero saiu mal e Berrío cabeceou para fora. Já aos 27, Pisculichi cruzou falta na área e Ramiro Funes Mori, na pequena área, desviou de cabeça para fora. Nos minutos finais, o ídolo millonario Fernando Cavenaghi teve a bola do jogo em seus pés. O atacante tabelou com Kranevitter, recebeu livre dentro da área, e isolou.

Veja, na íntegra, os gols do confronto: