Jogando pela classificação, San Lorenzo e Auckland City se enfrentaram nesta quarta-feira (17) pela semifinal do Mundial de Clubes da Fifa. Favorito, o Cilón teve uma atuação apática, mas conseguiu consolidar a vitória diante do City, que demonstrou mais qualidade ao decorer da partida. Com gols de Barrientos e Mario Mattos para o San Lorenzo e Berlanga para o Auckland, o placar final foi de 2 a 1.

Agora, o Ciclón tem como desafio o Real Madrid na finalíssima do Mundial de Clubes. A partida acontecerá no sábado (20), às 17h30 do horário de Brasília.

Auckland City se sobressai, mas San Lorenzo é quem abre o marcador

Jogando como mandante, San Lorenzo era favorito para a partida, mas a realidade foi diferente do esperado por todos. A equipe argentina não conseguiu apresentar um bom futebol na etapa inicial e mostrava muitos erros.

O primeiro tempo teve um início um pouco amarrado, onde os erros de passes eram evitendes. O primeiro lance de perigo foi do lado do San Lorenzo, aos sete minutos com cruzamento na área, onde Kalinski cabeceou, mas Williams defendeu. Logo depois de dois minutos, o Ciclón chegaram novamente com jogo aéreo, mas dessa vez Yepes manda a bola por cima do gol.

Auckland deu uma resposta aos 11 minutos com Tade, que fez finta na entrada da área e, de canhota, arriscou o chute, mas Torrico fez a defesa. A equipe visitante não mostrou-se intimidada pelo mandante e seguiu efetuando a troca de passes, cadenciando o jogo. A equipe neozelandesa se garantia através de sua linha defensiva, variando de quatro a cinco homens no setor.

A partida seguiu sem grandes chances e com muitos erros da parte o San Lorenzo, que não conseguia criar nada, chegando na área apenas com bolas aéreas ou espirradas. Era evidente que o Auckland City estava melhor, mas quem saiu na frente foi a equipe argentina, aos 46 minutos. Recebendo a bola pela esquerda, Emanuel foi até o fundo e cruzou para Barrientos, que dominou e guardou no cantinho o primeiro gol da partida e último lance do primeiro tempo.

Auckland empata e leva decisão para a prorrogação

Na etapa complementar, a equipe do San Lorenzo jogava muito recuada, já que estava em vantagem no marcador. Isso fez com que Edgardo Bauza gesticulasse muito no banco de reservas. O Auckland por sua vez, caiu de rendimento e não  tinha muita qualidade na sua troca de passes. 

A partida seguiu apática e só aos 22 minutos o Auckland colocou mais agitação no jogo, igualando o placar. Em grande jogada, Tade deixou De Vries na cara do gol e dividiu com o goleiro Torrico. Na sobra limpa, Berlanga estava sozinho e chutou sem ângulo, acertando o gol.

San Lorenzo percebeu que precisava do resultado e começou a pressionar o Auckland e a pressão surtiu efeito. Aos 30 minutos, Cautericcio deu um belo chapéu em Dordevic e quase marcou um gol de placa. Logo em seguida, o City respondeu com um contra-ataque de três contra um. Trade recebeu a bola e era só mandar para o gol, mas na hora do chute o atacante se perdeu e mandou a bola pra bem longe.

Romagnoli, que não jogava desde o fim de outubro por conta de uma séria lesão no braço esquerdo, entrou no início do segundo tempo e tentava melhorar a armação do Ciclón, mas não tinha muito sucesso, enquanto o City não demonstrava pressa, parecendo que apenas aguardava a prorrogação. E foi o que aconteceu.

San Lorenzo vira o jogo e se garante na final

No mesmo rítmo do tempo normal, a primeira etapa da prorrogação começou com o Auckland procurando a melhor forma de administrar o resultado, esperando o contra-ataque. Porém, Mauro Matos tirou o San Lorenzo do sufoco logo aos dois minutos. Em lançamento de Romagnoli pra dentro da área, o atacante fez bom proveito da sobra e enfiou uma bomba, não deixando chances de defesa para Williams.

Depois da virada, o City tentava apostar nas bolas aéreas, mas a zaga do San Lorenzo não dava chances. E o Ciclón não deu folga. Aos 11 minutos, Cauteruccio recebeu na entrada da área e chutou, obrigando Williams a fazer uma grande defesa e assim evitar o terceiro gol da equipe argentina.

No segundo tempo da prorrogação, o jogo seguiu morno, até que o Auckland quase empatou aos sete minutos. Em bate-rebate dentro da área, Payne chutou rasteiro e Torrico desviou levemente, fazendo a bola acertar a trave.

Os minutos finais foram agonizantes para o San Lorenzo, tanto que Romagnoli acabou virando zagueiro e afastou duas bolas em sequência, afastando o sufoco do Ciclón. Sem tempo para mais nada, o árbitro encerrou a segunda etapa da prorrogação e o San Lorenzo garantiu sua vaga na final do Mundial de Clubes da Fifa.