Era o jogo mais esperado das oitavas de final da Libertadores. E River Plate e Boca Juniors conseguiram cumprir a expectativa. Os dois gigantes argentinos fizeram um jogo pegado e bastante disputado e com um bom número de chances para os dois lados. Levando mais perigo ao longo de toda partida, o River conseguiu se aproveitar do Monumental de Nuñez lotado e conquistou a vitória sobre o seu maior rival por 1 a 0, gol do uruguaio Carlos Sánchez, em cobrança de pênalti.

Após perder para o mesmo Boca por 2 a 0 no último domingo, pelo Campeonato Argentino, os Millionarios entraram em campo dispostos a obter uma vingança contra o adversário. Os donos da casa tiveram um amplo domínio da partida no primeiro tempo, enfrentando uma maior dificuldade na segunda etapa, quando os Xeneizes cresceram no jogo e chegaram perto de abrir o marcador, parando no goleiro Barovero. Com o jogo mais equilibrado, apenas um detalhe definiria o vencedor da partida. E foi com o pênalti de Marín em Martínez que o River teve a chance de definir o resultado e garantir a vantagem para o segundo confronto.

A partida de volta está marcada para o dia 14 de maio, na próxima quinta-feira. O River Plate joga agora por um empate ou até mesmo perder por um gol de diferença, desde que anote gols na Bombonera. O Boca, para conseguir a classificação para as quartas de final, precisará de uma vitória por no mínimo dois gols de diferença. Para o jogo, o River não poderá contar com o atacante Teófilo Gutiérrez, expulso após uma chegada forte no zagueiro Burdisso.

River joga melhor e chega mais perto de abrir o placar

A partida começou da maneira que todos esperavam. Muita marcação e bastante pegada dos dois lados, dificultando o trabalho dos atacantes. Com 13 minutos de jogos, dois cartões amarelos já haviam sido aplicados pelo árbitro, numa tentativa de controlar os ânimos das duas equipes.

Jogando em casa e engasgado com a derrota do último domingo, o River Plate começou adotando uma postura mais ofensiva que o seu adversário, frequentando o seu campo de ataque durante boa parte do jogo. Mais recuado, o Boca ficava pouco com a posse de bola, esperando uma boa oportunidade para o contra-golpe. Os Xeneizes tiveram algumas boas saídas, mas sem conseguir sucesso para se desvencilhar da última linha de defesa dos Millionarios.   

A primeira boa chance da partida surgiu aos 10 minutos. Dois jogadores do Boca se desentenderam com a bola, que sobrou livre para Driussi. O uruguaio achou Teo Gutiérrez sozinho na área e cruzou. O colombiano dominou mas ficou sem ângulo, finalizando para fora.

Aos poucos, o River Plate conquistava o domínio das ações no jogo. Após bela jogada trabalhada pelo lado esquerdo de ataque, Ponzio cruzou para a área e fez um ótimo passe para Gutiérrez. O camisa 19 até subiu bem, mas não conseguiu finalizar com força, facilitando a defesa de Órion.

Os donos da casa seguiam pressionando, impedindo qualquer ação ofensiva de seus rivais. Porém, o River só voltou a criar uma chance de perigo na partida aos 43 minutos. Após excelente jogada em velocidade, Gutiérrez recebeu na entrada da área e finalizou forte, desviando na defesa do Boca e saindo para escanteio. Na cobrança, a bola sobrou para Funes Mori, que dominou, girou e finalizou perigosamente, assustando o goleiro Orión. Foi o último lance de perigo da primeira etapa.

Boca Juniors melhora, mas sofre gol de pênalti

Na volta para segunda etapa, o Boca finalmente conseguiu sair para o ataque. Logo com 20 segundos, os visitantes conseguiram assustar o goleiro Barovero pela primeira vez na partida. Em saída de bola rápida, Calleri saiu sozinho e partiu para em direção a área. O atacante saiu frente a frente com o goleiro e tentou finalizar tirando do camisa 1 adversário, mas sem sucesso. Barovero se esticou bem e conseguiu realizar uma excelente defesa.

O time azul e dourado demonstrava que sua postura seria diferente na parte final do jogo. Com maior ofensividade, o Boca possibilitava boas oportunidades de contra-ataque. Aos 7 minutos, Carlos Sánchez recebeu belo passe após lançamento do meio de campo. O uruguaio dominou sozinho dentro da grande área, ganhou tempo para dominar e arrumar a melhor posição para o arremate, mas a finalização saiu fraca, desperdiçando a melhor chance do River no jogo.

A nova postura do clube da Bombonera deu uma nova dinâmica ao jogo, que ficou mais aberto, com uma leve superioridade dos visitantes. Porém, quando o Boca parecia ganhar um pouco mais de espaço no campo, o River conseguiu o seu gol. Martínez avançou pela área e foi derrubado de maneira faltosa por Marín, causando o pênalti. Na cobrança, Sánchez bateu no canto direito, se redimindo do gol perdido no início do segundo tempo.

Aos 41 do segundo tempo, mais uma excelente chance desperdiçada pelos donos da casa. Em belo contra-ataque, Gutiérrez recebeu uma nova oportunidade para deixar o seu na partida. O colombiano avançou pela esquerda e chutou forte, forçando uma boa defesa de Orión. Minutos após a perder o gol, Teo Gutiérrez deu uma chegada mais forte no zagueiro Burdisso, recebendo o cartão vermelho de forma direta. Com pouco tempo restando no relógio, o Boca teve uma única chance de empatar a partida. Burdisso recebeu na entrada da área e chutou forte, mandando por cima do gol. Não restava mais tempo, e a grande festa no Monumental de Nuñez foi garantida.