Após a derrota da Argentina por 2 a 0 para o Equador, em pleno Monumental de Núñez, pela primeira rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, o técnico Tata Martino mostrou, em poucas palavras, a insatisfação com a atuação de seus comandados na noite da última quinta-feira (7): “Não destaco nada. Fomos muito mal”.

“Se não há nada para destacar é porque o funcionamento da equipe em todas as suas linhas não foi adequado. Agora é recuperar os jogadores, conversar muito sobre essa partida, é bom escutar eles para ver porque isso aconteceu e onde se sentiram incomodados” ponderou o treinador.

Em outro momento, Martino preferiu se distanciar de avaliações individuais, frisando a atuação ruim de toda a equipe. "Falar individualmente quando se trata de um jogo ruim da equipe em linhas gerais é injusto. A equipe da Argentina jogou mal".

Em relação aos aspectos táticos, o comandante não se mostrou surpreso com a postura do rival. Ainda assim, a atuação dos equatorianos - que venceram a Albiceleste pela primeira vez em solo argentino - foi valorizada.

"O Equador fez uma partida que nós esperávamos. Não ficou só atrás, também pressionou em cima. A linha de quatro bem perto dos volantes nos fechou os espaços. Eles fizeram uma grande partida. Do que eles planejaram, saiu tudo certo, e do que nós pensamos, não saiu nada”.

Dando sequência às respostas, o técnico lembrou que ainda há um logo caminho para percorrer até o término da competição. Por fim, fez uma rápida projeção do duelo contra o Paraguai, que ocorre na próxima semana.

"Sinto-me triste como os jogadores por ter iniciado a busca pela classificação (para a Copa do Mundo de 2018) dessa maneira, diante da nossa torcida. Mas está apenas no começo, o caminho é muito longo para sustentar tristeza por uma partida que jogamos mal. Na terça teremos que nos levantar e encarar o jogo da melhor maneira”.

O treinador analisou ainda a breve atuação de Agüero, que, com dores na coxa, foi substituído por Tévez aos 23 minutos do primeiro tempo.

"Entendo que Kun estava bem, começou a partida em bom ritmo, fez arranques sem nenhum problema. É certo que o jogador estava com esse problema, Manuel Pellegrini o sacou da última partida do Manchester (City) porque tinha sobrecarga, mas inclusive me atreveria a dizer que não é no mesmo lugar onde o problema havia aparecido”.

Por fim, o comandante lançou mão de um discurso otimista, acreditando que o grupo de jogadores pode muito bem passar por esta fase.

“Temos jogadores para superar esse momento. Porque, se após cada atuação ruim de uma equipe pensássemos que nada poderia ser feito, não haveria retorno de nenhuma maneira. Todos esperávamos uma atuação diferente".

Tévez também reconhece atuação ruim da equipe

A fala de Tata Martino se reflete também na de Tévez. Em poucas palavras, o atacante afirmou que não há pressão, mas que a equipe precisa superar o atual momento, que já era ruim após o vice-campeonato na Copa América 2015 e que foi amplificado com a derrota da última quinta.

“Não jogamos bem. A equipe não se encontrou. Saímos chateados. Nos sentimos incomodados”.

“Temos que superar esse momento, sair. Não há pressão, mas sim compromisso. Tem que sair logo” finalizou o jogador do Boca Juniors.