Na noite desta quarta-feira (21), o estádio Monumental de Nuñez foi palco de um jogo histórico para River Plate e Chapecoense pelas quartas de finais da Copa Sul-Americana 2015. Atuais campeões da Libertadores da América e da Recopa, os argentinos eram os favoritos para o confronto, mas o entusiasmo catarinense após a histórica classificação diante do Libertad e o recente resultado positivo diante do Grêmio no Brasileirão fazia com que os torcedores acreditassem em mais um feito inédito para o clube.

O gol de Carlos Sánchez no início da partida dava indícios de que seria uma noite longa para o torcedor de Chapecó, mas, quinze minutos depois, em lance isolado, Maranhão empatou o jogo e deu motivos para os catarinenses acreditarem ainda mais no resultado positivo. Na segunda etapa os alviverdes foram para cima, e com espaços deixados atrás, acabaram por sofrer dois gols. O golaço de falta de Pisculichi deu novamente a vantagem para o River, e nos minutos finais, Sánchez novamente sacramentou a vitória importante dos milionários para o segundo jogo.

Os dois times voltam a se enfrentar pelo jogo de volta na próxima quarta-feira (28) na Arena Condá, em Chapecó. A vantagem do River Plate é grande, e os argentinos podem perder por 1 a 0 ou em caso de marcar gol, por dois gols de diferença. O Chapecoense precisará mais do que nunca da força de sua torcida para se classificar, e para isso, necessita de três gols de diferença, ou o placar de 2 a 0; empate dá a classificação ao River Plate.

River Plate é melhor, abre o placar, mas vê efetividade da Chapecoense prevalecer com o gol de empate

Foi o River Plate quem começou melhor a partida; a intensidade já conhecida nos minutos iniciais dos milionários quando jogam em casa se fazia acontecer, e a Chapecoense não conseguia reter a posse de bola, e sucumbia a pressão dos argentinos. Porém, vagamente o time catarinense adiantava suas linhas, e surpreendia os donos da casa na marcação. Com quinze minutos de jogo, já tínhamos cinco cruzamentos na área da Chapecoense, e o goleiro Neto teve de intervir duas vezes em lances oportunos. Enquanto isso, o técnico Guto Ferreira pedia para que seu time segurasse mais a bola, e segurar o nervosismo.

A pressão argentina era gigante, e o gol parecia questão de tempo. E foi. Nas já conhecidas jogadas laterias do River, Casco fez boa jogada pela esquerda e passou para a entrada da área, onde estava Sánchez, que com maestria, colocou a bola pro fundo da rede, abrindo o placar para os mandantes, que dominavam o jogo.

Com a vantagem no placar, o River diminuiu o ritmo de jogo, e com isso a pressão. A Chapecoense, por sua vez seguia nervosa e sem conseguir reter a posse de bola no meio-campo, com isso, a posse de bola era toda em pró dos argentinos, que administravam o jogo. Porém, o time catarinense não deixava de marcar em cima, e foi premiado com seu primeiro gol em quartas de finais de uma competição internacional: o gol de Maranhão começou em um tiro de meta despretensioso de Neto, que mandou a bola para frente; William Bárbio raspou de cabeça enquanto Maranhão tomava a frente de Maidana para sair frente a frente com Barovero, que viu a bola passar no meio de suas pernas. Primeira tempo de 1 a 1 e a efetividade dos alviverdes prevaleceram o domínio argentino. 

Dois gols no segundo tempo e confirmação de vitória para os mandantes, que foram melhores

A segunda etapa começou com pouca intensidade e pressão de ambas as equipes. A Chapecoense conseguia reter a bola, e chegava aos poucos no campo adversário, com isso, o River aproveitava dos espaços deixados pelos catarinenses. Mas, aos quinze minutos os argentinos tinham uma boa cobrança de falta para efetuar; na entrada da grande área, Pisculichi estava na bola, e como se tivesse botado a bola com a mão, chutou no ângulo esquerdo do goleiro Neto para deixar os argentinos novamente em vantagem. 2 a 1 e o Monumental pulsava a favor dos milionários.

O time catarinense sentiu o gol sofrido, e após estar melhor no jogo, não conseguia mais sair para o jogo de forma limpa, ou então criar chances de gol para marcar. Sendo assim, os argentinos tiveram a vida mais facilitada, e com certa tranquilidade, ditavam o ritmo do jogo.

Já eram dados quarenta minutos no relógio quando o River Plate sacramentou de vez a vitória com mais um gol, e de novo, de Carlos Sánchez; o volante uruguaio foi o nome do jogo, e no final da partida, deu números finais ao placar: a defesa da Chapecoense se complicou, e a bola sobrou para Diriussi, que na frente de Neto, apenas rolou para Sánchez passar para o gol. 3 a 1 e partida liquidada para os milionários, que apesar do gol sofrido, não perderam o controle do jogo.