Podendo ser campeão pela segunda vez na semana, o Boca Juniors enfrentou o Rosario Central pela final da Copa Argentina 2015. A disputa, em jogo único, foi realizada em Córdoba, no estádio Mario Alberto Kempes. Em jogo de poucas chances, Nicolás Lodeiro, em cobrança de pênalti, conseguido em falta fora da área, cobrou com precisão para fazer o gol da partida e do título. Chavez, já aos 44, ampliou a vantagem xeneize.

Com a vitória por 2 a 0, o Club Atlético Boca Juniors consegue a conquista do Campeonato Argentino e da Copa Argentina da temporada, repetindo feito de 1969. As duas equipes, Boca e Rosario ainda irão se enfrentar pela última rodada do torneio dos pontos corridos.

Primeiro tempo de poucas conclusões e reclamação do Central

O Rosario Central, atual terceiro colocado no Campeonato Argentino, buscava o título da primeira divisão até  há poucos dias. Já classificados para a Copa Libertadores de 2016, as equipes entraram justamente focadas no jogo único da decisão da competição de mata.

Em campo, um Boca recheado de estrangeiros que atuaram no Brasil, tais como o zagueiro Tóbio, ex-Palmeiras, o meia uruguaio Lodeiro, ex-Botafogo e Corinthians, e o mais conhecido de todos, Tévez, destaque da equipe. Os da capital entraram com o unfirome azul tradicional, cortado ao meio por uma faixa horizontal amarela. Já o Rosario peleou completamente de branco.

O principal desfalque dos recentes campeões foi Fernando Gago, que segue afastado por lesão até 2016. No jogo, a primeira tentativa foi xeneize, com Monzón, pela esquerda, cruzando nas mãos do goleiro Garcia.

Aos 4 minutos, Larrondo arrancou sozinho contra a defesa do Boca e, quando tentou passar por Díaz, caiu pedindo pênalti. Como tentou cavar a penalidade, o árbitro apenas mandou seguir. Com 8 de jogo, Pablo Pérez abriu a caixa de ferramentas e tomou o primeiro cartão amarelo da partida. Foi o próprio meia quem finalizou com perigo aos 10, quando recebeu e, de perna direita, arriscou alto demais contra a meta defendida por Garcia.

Já percorridos 22 minutos, Larrondo entrou na caderneta de arbitragem. O motivo foi sua segunda simulação, dessa vez próximo à área do Boca. Cartão amarelo para o atacante canalla. Com 29 minutos, Ruben conseguiu puxar jogada pela banda direita e foi travado na hora de cruzar, ganhando escanteio, que resultou em nada na sequência.

Aos 34, Pérez voltou a levar perigo a Garcia. O meia xeneize arriscou da intermediária e o goleiro canalla foi ao canto para fazer a defesa. Em resposta, o Central teve um gol anulado aos 37. Em cobrança de falta da direita, Ruben cabeceou aos barbantes, mas o assistente sinalizou o impedimento como irregularidade. A polêmica foi grande, pois quem estava impedido, na verdade, foi Larrondo, que não participou do lance. Por reclamação, o técnico dos canallas, Coudet acabou expulso.

Aos 40, novo perigo na bola parada do Rosario. Musto subiu pelo centro e cabeceou sobre o travessão xeneize. Foram as melhores chegadas do time de branco, que terminou melhor o primeiro tempo. 0 a 0 no Mario Alberto Kempes, em Córdoba.

Boca Juniors abre o placar em pênalti irregular e sacramenta título no final

Para o segundo tempo, o Rosario voltou com uma troca: Ferrari no lugar de Villagra. A etapa final começou com o Boca tomando mais a iniciativa no campo dos canallas. Aos 7 minutos, Peruzzi deu uma meia-lua no marcador e foi puxado, levemente, fora da área. Em comum equívoco, árbitro e assistente confirmaram a falta como dentro: Pênalti para o Boca!

Após mais uma rodada de divergências de opiniões entre atletas do Rosario e o juiz, o uruguaio Lodeiro foi para a cobrança. Cutucou ao canto esquerdo enquanto o goleiro Garcia escolheu o lado contrário: 1 a 0 para os xeneizes.

O time canallla não se deu por vencido, mesmo após mais um erro de arbitragem. Montoya, logo aos 11 minutos, chutou para fora. Em seguida, Ruben cabeceou cruzamento da direita e Orión, em salto cinematográfico, espalmou para escanteio. Amarelado no primeiro tempo, Pablo Pérez foi substituído por Arruabarrena, pelo Boca. Bentancur entrou.

O Rosario tentava adentrar o campo de ataque, mas, ao perder a bola, foi Lodeiro quem quase ampliou. Chute do meia espalmado por Garcia para escanteio. Aos 26, nova chance: Lodeiro cobrou falta na área e o zagueiro Díaz cabeceou pela linha de fundo.

A resposta dos canallas veio em finalização de fora da área de Cervi, que pegou mal e mandou longe da meta. O Rosario, porém, não demonstrava força para impedir a conquista xeneize, assegurada a cada bola aérea afastada. Em contra-ataque, passados os 40 minutos, Betancur deu um drible longo e não conseguiu finalizar pelo Boca.

Para sacramentar, Meli fez grande jogada e deixou Chavez, em posição irregular e recém ingresso no jogo, à vontade para ampliar para 2 a 0 para o campeão Boca Juniors. Zagueiro Pinola ainda foi expulso pelo lado do Central.

Apesar das reclamações e queixas de arbitragem, que colocam em dúvida questões de bastidores políticos, placar e título selados em Córdoba, em conquista para invadir novamente a noite de Buenos Aires.

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Sobre o autor
Henrique König
Escritor, interessado em Jornalismo e nas mudanças sociais que dele partem; poeta de gaveta.