Estádio lotado. Semifinal da histórica Copa América Centenário. De um lado, os Estados Unidos, anfitriões e em busca de uma façanha mais expressiva. Do outro lado, a Argentina, na tentativa incessante de conquistar um título profissional depois de 23 anos. As equipes mediram forças no NRG Stadium, em Houston, Texas, na noite desta terça-feira (21).

Melhor para os argentinos. Em uma partida dominante, a Albiceleste venceu por 4 a 0. Lavezzi, Lionel Messi e Higuaín (duas vezes) foram os autores dos gols da partida. Destaque para o camisa 10. Com passes, dribles, assistência e um golaço de falta, o melhor do mundo na atualidade chega aos 55 gols marcados pela seleção e tornou o maior artilheiro argentino, em superação a Gabriel Batistuta.

As duas seleções observam a outra semifinal entre Colômbia x Chile, a ser disputada na noite desta quarta-feira (22), para saber seus adversários nos próximos jogos. Os Estados Unidos disputam o terceiro lugar no University of Phoenix Stadium, no Arizona, às 21 horas do sábado (25). No domingo (26), às 21 horas, a Argentina disputa mais uma final no MetLife Stadium, em East Rutherford, e aumenta para 14 o número de jogos invicto na Copa América.

Messi quebra recorde e Argentina domina primeiro tempo

Mal a bola rolou, Lionel Messi mostrou sua maestria. Logo aos três minutos, o camisa 10 deu um toque sensacional por cima que desmontou toda a defesa dos Estados Unidos. Sozinho, Lavezzi cabeceou e encobriu o goleiro Guzan para abrir o marcador. Aos sete minutos, a Albiceleste quase ampliou a vantagem. Lionel Messi se livrou de dois marcadores estadunidenses na entrada da área e rolou para Lavezzi. O atacante deu de calcanhar para Marcos Rojo, que cruzou rasteiro para Messi, e o craque mandou por cima.

Melhor em campo, a Argentina não dava espaços para os Estados Unidos atacarem. E ainda aproveitava as brechas dos anfitriões para levarem perigo com o objetivo de deixar a situação ainda mais confortável. Aos 12 minutos, Mercado subiu pelo lado direito, entrou na área e cruzou rasteiro. Lavezzi tentou alcançar, mas Guzan levou a melhor. Aos 14, Bradley errou na saída de bola, Higuaín ficou com a pelota e tocou para Messi. O jogador saiu da marcação, disparou em velocidade e bateu forte. Nova defesa de Guzan.

O meio de campo dos Estados Unidos não existia. O time não tinha consistência, não trabalhava a bola, e a Argentina dominava o jogo e fazia o que bem entendia. E, comandados por Lionel Messi, a equipe trocava passes, cadenciava o jogo e procurava oportunidades de ampliar a vantagem. Aos 30 minutos, Banega acionou o maior do mundo e foi derrubado por Wondolowski. Na cobrança de falta, a maestria mais uma vez executada. Messi colocou a bola no ângulo do goleiro Guzan e, com uma obra-prima, marcou o 55º gol com a camisa celeste e assumiu o posto de maior artilheiro de todos os tempos pela seleção.

Os Estados Unidos começaram a atacar após a desvantagem ficar ainda maior. Aos 34 minutos, Yedlin recebeu no lado direito, entrou na grande área e rolou para o meio de campo na tentativa de acionar Bradley, mas o passe foi curto e Funes Mori afastou de qualquer maneira. Aos 42, em novo cruzamento na direita de ataque, Otamendi desviou de cabeça e impediu que Clint Dempsey aparecesse pela primeira vez em campo de uma forma mais ofensiva.

Argentina controla jogo e sela vaga em mais uma decisão

A Argentina entrou em campo para disputar o segundo tempo de forma mais tranquila, mas não abdicou completamente do ataque. Prova disso foi a ampliação da vantagem. Aos quatro minutos, Lionel Messi acionou Lavezzi no lado esquerdo. O autor do primeiro gol cruzou na área. Higuaín bateu de primeira, Guzan deu rebote e o artilheiro deixou sua marca na segunda tentativa.

A Argentina parou de atacar e ficou assustado com a quantidade de lesões. O meia Augusto Fernández, o defensor Marcos Rojo e o atacante Lavezzi sentiram no gramado. A queda mais impressionante foi do camisa 22, aos 17 minutos. Após inversão de bola, o autor do primeiro gol caminhou de costas e tentou evitar a saída, mas se chocou com a placa de publicidade e caiu de mau jeito. O jogador recebeu atendimento médico e saiu de ambulância do palco esportivo.

Mesmo sem tanto ímpeto ofensivo, a Argentina continuava perigosa e os Estados Unidos não conseguiam criar uma finalização sequer. Aos 22 minutos, Romero iniciou jogada e Messi foi acionado no campo de ataque. Lucas Biglia recebeu passe do camisa 10 e chutou prensado. Aos 32, Messi mais uma vez deixou um companheiro no ataque.  Lamela recebeu, mas bateu muito mal.

Na reta final do jogo, após as substituições promovidas pelos dois treinadores, a Argentina voltou a ser bastante perigosa no campo de ataque. Após desentendimento na saída de bola entre Bradley e Cameron aos 40 minutos, Lionel Messi ficou com a bola. O maior artilheiro celeste avançou no lado esquerdo da área e deixou Higuaín na cara do gol para completar e sacramentar a goleada.

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Sobre o autor
Taynã Melo
Editor VAVEL Brasil