É muito longo o jejum argentino na Copa América. Segundo maior campeão do torneio com 14 títulos, a Seleção da Argentina não conquista o título desde 1993 quando tinham GoycocheaDiego Simeone e Batistuta.

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A Argentina está novamente numa final de Copa América, mas desta vez é a versão especial Centenária da competição, que não dará vaga na próxima Copa das Confederações, em 2017. Os hermanos entram na decisão como os favoritos contra o Chile, muito disso devido a grande performance de Lionel Messi durante o torneio.

Depois de ser vice da Copa do Mundo 2014 e da Copa America 2015, a Argentina chega para essa decisão da Copa América Centenário para coroar um trabalho antigo e tentar vingar-se do vice no ano passado contra o mesmo Chile.

Vice dramático em 2004 para o Brasil

Antes de 2015, as últimas vezes que a Argentina tinha chegado à final da Copa América após o título em 1993 foram nos anos de 2004 e 2007, e nas duas oportunidades enfrentaram o Brasil. O resultado foram dois vices. Mas a pior derrota foi em 2004. A Argentina tinha um time muito superior e era a grande favorita, já que contavam com força máxima e seus melhores jogadores, contra o Brasil que levava sua equipe sem as grandes estrelas, apenas Adriano.

Com os experientes Abbondanzieri, Ayala, Sorín, HeinzeZanetti e Saviola, e a juventude de Tévez e D'Alessandro, a Argentina saiu na frente com gol de pênalti de Kily González aos 21 minutos da primeira etapa. No apagar das luzes da etapa inicial, Luisão empatou para o Brasil aos 46 minutos.

No segundo tempo, Delgado virou para a Argentina aos 42 minutos. A partir daí, os argentinos começaram a catimbar o jogo esperando o apito final para, enfim, tirar o grito de 'campeão' entalado na garganta. Porém, aos 48 minutos, a defesa argentina vacilou e o artilheiro da Copa América, Adriano, não perdoou e empatou o jogo. A decisão foi para os pênaltis e brilhou o goleiro brasileiro Júlio César. D'Alessandro e Heinze perderam suas cobranças e o Brasil, que converteu as quatro que bateu, sagrou-se campeão.

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Vice outra vez para o Brasil em 2007

Em 2007, Argentina e Brasil voltaram a se enfrentar em uma decisão de Copa América. Novamente os argentinos com mais craques em campo e a Seleção Brasileira buscando uma nova identidade sem seus craques após o fracasso na Copa do Mundo de 2006, visando a Copa de 2010.

A Argentina tinha craques experientes como Riquelme, Verón, Crespo, Zanetti, Heinze, AyalaCambiasso e Abbondanzieri, tinha Tévez, Aimar, Milito e Lucho González mais maduros após o fracasso em 2004, e Lionel Messi e Rodrigo Palácio buscando espaços e sendo trabalhados para o futuro. Eles enfrentaram o Brasil na final onde os mais experientes eram Juan, Gilberto Silva e Gilberto. A esperança do Brasil era depositada em Robinho que era o artilheiro da Copa América.

Em desvantagem no papel, o Brasil foi superior no campo. Logo aos 4 minutos Julio Baptista abriu o placar. O gol assustou os argentinos que levaram o segundo aos 40 em infelicidade do experiente Ayala que marcou contra. No segundo tempo, Daniel Alves fechou o placar em 3 a 0 aos 24 minutos, adiando outra vez o grito de campeão argentino.

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Eliminação em casa na Copa América de 2011

Em 2011, a Argentina foi o país sede da Copa América. Lionel Messi, melhor jogador do mundo, ditava o ritmo da nova geração argentina que tinha Aguero, Di Maria, Higuain, Tévez, Pastore e Lavezzi, jogadores que estão no atual elenco em 2015. A equipe contava também com Cambiasso, Zanetti e Diego Milito como os mais experientes.

Depois de dois vices seguidos, e mais uma vez com uma equipe forte e com Messi em alta na carreira, jogar em casa deixava a Argentina mais favorita do que nunca. Mas nos dois primeiros jogos dois empates, o que gerou dúvidas e críticas. No último jogo da fase de grupos, vitória fácil por 3 a 0 com grande atuação de Aguero que marcou dois gols.

Nas quartas de final o adversário era o Uruguai. O confronto entre os dois maiores campeões da Copa América. No tempo normal, empate por 1 a 1. Nos pênaltis, vitória Celeste por 5 a 4. Tévez foi o único que perdeu o pênalti. Assim, a Argentina foi eliminada precocemente jogando em casa e deu adeus a mais uma oportunidade de dar fim ao jejum.

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Vice para o Chile em 2015

Após o vice na Copa do Mundo 2014, a Argentina chegou para a Copa América 2015 querendo colocar fim no jejum de títulos, que durava desde 1993. Com Lionel Messi numa fase espetacular na carreira, o astro do Barcelona liderou os argentinos até a decisão como havia feito no Mundial no Brasil.

Além de Messi, os hermanos ainda contavam com outros craques, como Aguero, Di María, Lavezzi Higuaín. Por outro lado, na decisão enfrentaram os anfitriões, o Chile, que tinha Vidal, Valdívia, Vargas e Alexis Sanchez, além do apoio da torcida.

Na decisão, os hermanos perderam Di María por lesão ainda no primeiro tempo. Messi, isolado, pouco conseguiu criar. Os chilenos, por sua vez, foram melhores em grande parte do jogo, mas pecaram nas finalizações e o jogo caminhou para prorrogação.

O empate permaneceu na prorrogação e o jogo caminhou para os pênaltis. Os chilenos converteram todas as quatro cobranças, com Fernandez, Vidal, Aranguiz e Alexis Sanchez. Por outro lado, apenas Messi converteu para a Argentina, enquanto Higuaín isolou sua cobrança e o goleiro Bravo defendeu a de Banega.

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