A Argentina voltou a decepcionar o torcedor com a perda de mais uma Copa América, perdurando um jejum de competições com a seleção principal que já chega há 23 anos. Após o empate em 0 a 0 com o Chile, nos pênaltis, a seleção roja foi campeã na vitória por 4 a 2. O técnico da Argentina, Tata Martino comentou a grande final.

Taticamente, Martino analisou a situação da decisão com dois expulsos, Díaz do Chile e Rojo da Argentina. A troca de Gonzalo Higuaín, que desperdiçou grande oportunidade no primeiro tempo, também foi comentada:

"Tivemos problemas nos minutos finais do primeiro tempo. Houve queda de rendimento físico do Gonzalo para entrada do Kun Aguero. Tivemos variações ofensivas para enfrentar uma defesa mais cansada. Deixamos jogadores mais descansados para tentar marcar o gol e até o último minuto nós tentamos", defendeu Martino.

A imprensa questionou sobre uma questão mais psicológica, através das últimas derrotas que machucam os argentinos. Recentemente, foram derrotas em finais da Copa do Mundo de 2014, da Copa América 2015 e novamente em edição da Copa América, esta nos Estados Unidos, novamente para o Chile.

"Na verdade, não é fácil explicar. Existem situações que podem ser explicadas no ponto de vista do futebol ou da sorte. Em relação a hoje, acho que deveríamos ter ganho durante os 90 minutos e também na prorrogação, mas não conseguimos. A partir disso, eles sabem que futebol têm dessas coisas e na verdade jogam com muita dignidade. Na próxima, vamos ter que jogar de novo. Eles representam a seleção e com muito orgulho de vestir essa camisa. Pensando nisso, é que precisam renovar as energias"

Sobre Messi, Tata Martino não teve palavras para falar do pênalti perdido por seu principal jogador. Disse antes que eram coisas do futebol. Sobre a situação política da Associação Argentina de Futebol, Martino foi objetivo: "Não podemos usar a política como desculpa", afirmou.

Uma frase emblemática disparada pelo comandante foi a que descreve a sensação que fica ao país após mais uma perda.

"A ilusão de ganhar era muito grande e voltamos com as mãos vazias", disse o treinador, que não falou em renúncia durante a entrevista coletiva. Ele comanda a albiceleste desde a temporada de 2014.

"Eles não têm motivos para não seguirem tentando. Fazem tudo com muita honestidade e muito esforço. Em setembro, voltam as Eliminatórias e estaremos aí", completou Martino.