Após reunião nesta segunda-feira (10), o ciclo de Edgardo Bauza chegou ao fim e o técnico não comanda mais a Seleção Argentina. A decisão veio após insustentabilidade em seu posto por causa das atuações aquém das expectativas. Sem nenhum apoio dos novos dirigentes da Associação de Futebol Argentino (AFA), o comitê executivo optou pela demissão. Mais detalhes serão dados nesta terça-feira (11), em entrevista coletiva com a cúpula que comanda a entidade máxima do futebol no país.

A saída de Bauza foi tomada por causa da campanha instável da seleção ​Albiceleste​ nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo FIFA 2018. Pouco mais de um ano para o maior evento futebolístico do planeta, a Argentina passa por perrengues para buscar a classificação ao torneio. Atualmente, a atual vice-campeã do mundo ocupa a quinta posição nas Eliminatórias e disputaria a repescagem contra uma seleção da Oceania.

A derrota para a Bolívia na terça-feira (28), combinada com os resultados dos principais concorrentes resultou no sinal de alerta mais uma vez ligado na Argentina. A situação pode ficar pior por causa da suspensão de seu principal jogador. Lionel Messi foi suspenso pela Fifa por quatro jogos por insultar o árbitro assistente no triunfo contra o Chile. Com quatro jogos a disputar pelas Eliminatórias e o camisa 10 ausente de três, a missão fica ainda mais complicada.

Edgardo Bauza foi contratado em agosto do ano passado, quando Gerardo 'Tata' Martino saiu do posto após o segundo vice-campeonato consecutivo na Copa América e o jejum de 24 anos sem títulos não ser encerrado. Em oito partidas sob o comando de 'Patón', foram três derrotas, dois empates e duas derrotas.

Informações provenientes da imprensa argentina dão conta de que Jorge Sampaoli, atualmente no Sevilla, é o nome preferido pelos diretores da AFA. Ex-treinador do Chile e argentino de nascimento, Sampaoli estaria ansioso para assumir o cargo e teria uma cláusula em seu contrato com o time andaluz que não impediria o técnico de deixar o futebol espanhol. Seu contrato com a equipe rojiblanca ​se estende até junho de 2018, mas Sampaoli não comentou sobre renovação.

(Foto: Power Sport/Getty Images)
(Foto: Power Sport/Getty Images)

Em entrevista ao Diário Olé​ no início desta semana, o treinador falou sobre o sonho de ter Lionel Messi sobre sua batuta e a fala repercutiu na Argentina e na Espanha. ​Essas citações deram a dúvida, uma vez que seu nome também é especulado no Barcelona a partir da próxima temporada europeia.

"Meu sonho é estar no comando de Messi para vê-lo todos os dias da beira do gramado. É um sonho único ver Messi tão perto, sempre. A forma em que Messi está é incrível, quem não gostaria de estar no comando dele?"​, afirmou Sampaoli.

Entretanto, os mandatários da AFA desconversaram sobre o assunto e disseram que a prioridade é apelar para que a suspensão de Lionel Messi seja reduzida e o meia possa participar mais vezes na reta final das decisivas Eliminatórias Sul-Americanas, além de resolver os problemas internos que ocorrem no certame nacional.

​"Parte da situação em que vivemos no futebol argentino se deve à perda de representação nos níveis sul-americano e da Fifa. Nossa tarefa é reconstruir esses laços. Temos de sentar com o presidente da Fifa e contratar os melhores profissionais para reduzir as sanções contra Messi. Temos que fazer uma análise profunda de todos os contratos assinados pela administração anterior e teremos de nos reunir com Bauza. Então veremos o que é melhor. Temos de dar apoio ao treinador, dar tudo para que a Argentina possa garantir a classificação"​, disse o novo presidente da AFA, Claudio Tapia.

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Sobre o autor
Taynã Melo
Editor VAVEL Brasil