Principal aposta da Juventus na última janela de transferências de verão, Paulo Dybala chegou à equipe bianconera por € 40 milhões, após grandes apresentações pelo Palermo. Diante de uma enorme responsabilidade, o garoto foi um dos principais pilares da equipe comandada por Massimiliano Allegri, pentacampeã da Serie A e bicampeã da Copa Itália, derrotando o Milan.

"Eu tinha apenas 18 anos quando cheguei à Europa. No Palermo obtive as mesmas dificuldades devido ao valor de minha transferência. Porém demonstrei todo o meu valor, e felizmente as coisas correram bem, e alcancei uma equipe como a Juve aos 21. Na Juventus, fiquei agradavelmente surpreendido, além dos nomes de peso que haviam na equipe. É um grupo muito humilde, que me ajudou desde o primeiro dia. Eles me trataram muito bem, e acho que esse é o sinal de um grande clube", afirmou ao La Nación.

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"Me sinto honrado também por estar um número que trás uma enorme história. Quando cheguei queria a camisa de número 9, a que usava no Palermo. Porém, sabia que era a camisa de Álvaro Morata , e você tem que ser respeitoso e humilde quando chega em um grande clube. Me disseram que queriam me dar a camisa de número 21. Eu me senti um pouco pressionado, por ser um manto usado por atletas como Pirlo e Zidane", revelou o garoto.

Além das pressões consideráveis pelo valor de investimento, e por ter que utilizar a camisa mais simbólica da história da equipe, Dybala ainda chegou com a tarefa de substituir Carlos Tévez, seu compatriota que havia realizado ótimas temporadas pela Velha Senhora.

"Não sei se fiz os torcedores esquecerem Carlitos. Tive uma boa primeira temporada, e superei o número de gols dele em sua primeira temporada por aqui. Então, nesse sentido, as pessoas se esqueceram um pouco. Mas tudo que Carlos mostrou ao longo desses últimos anos não será fácil de repetir", elogiou.

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Anotando 22 gols em toda a temporada, o argentino festejou as conquistas em seu primeiro ano pela Velha Senhora, mas afirmou que quer ainda mais.

"A verdade é que quando você conquista seus objetivos é difícil ir mais devagar. Quando você se acostuma a vencer, você só quer permanecer desta forma, e isso é bom. Ganhei títulos, mas a verdade é isso é só o início. Tenho objetivos importantes em mente, e eu quero continuar vencendo", ressaltou.

Dybala ainda comentou sobre a decisão da Juventus de liberar o atleta para a Seleção Argentina somente para a Copa América Centenário, e não para as Olímpiadas do Rio de Janeiro 2016.

"Achei que não iriam me liberar também para a Copa América, me disseram que iria depender de uma conversa de Allegri com outros diretores. Percebi que seria difícil, já que a pré-temporada é muito importante para a Juventus", afirmou.

"Tata Martino [treinador da Seleção Argentina] deve ter sido surpreendido, porque a maioria dos outros clubes liberam atletas em uma situação semelhante a minha. Mas nunca tive uma oportunidade de jogar com a seleção, para viajar, para compartilhar um mês com meus companheiros de equipe e conhecê-los melhor. Por isso a Copa América serão muito importantes para mim", finalizou.