O Liverpool é o segundo maior campeão inglês e o clube inglês com mais títulos da Champions League, mas a realidade não é das melhores. Sem conquistar algum título de expressão há temporadas, desde a fatídica Uefa Champions League da temporada 2004/2005. Esse fato deixa o torcedor dos Reds preocupado, mesmo com o considerável investimento em contratações para a próxima temporada, aproximadamente 80 milhões de euros. Mesmo com esse investimento, a torcida não está satisfeita, pois não acredita que jogadores como Sadio Mané e Giorginio Wijnaldum sejam certeza de sucesso.

Um dos seus maiores rivais, o Manchester United contratou o técnico José Mourinho e investiu nas contratações de Zlatan Ibrahimovic e Henrikh Mkhitaryan, e está próximo de acordo com o francês Paul Pogba, por valores exorbitantes, que giram na casa dos 120 milhões de euros. O técnico alemão Jurgen Klopp mostrou-se contrário a uma contratação com tais valores e explicou ao Liverpool Echo suas estratégias dentro do mercado.

Inicialmente, o treinador afirmou que um investimento tão alto pode facilmente ser desperdiçado, mostrando certa indignação com os valores das transferências no futebol atual. “Se você trouxer um jogador por £ 100 milhões ou algo parecido, e ele se machucar, tudo vai embora pela chaminé. No dia que o futebol for isso, eu não trabalharei mais, porque o jogo é sobre jogar juntos. É por isso que alguém inventou os passes, para que os jogadores pudessem jogar juntos. Não é sobre correr com a bola porque você pode fazer isso o tempo todo”, disse.

Klopp tentou deixar clara sua maneira de agir dentro do mercado do futebol. “Outros clubes podem ir ao mercado e gastar mais dinheiro e contratar os melhores jogadores, sim. Eu tenho que fazer as coisas de maneira diferente? Na verdade, eu quero fazer de maneira diferente. Eu faria diferente mesmo que eu pudesse gastar tanto dinheiro assim”. Acrescentando, ele disse: “Não sei exatamente quanto dinheiro ainda poderíamos gastar, porque ninguém me disse, até agora, ‘não, não, não, você não pode fazer isso’. Se eu gastar dinheiro, é porque quero construir um time de verdade. Você pode vencer campeonatos, pode conquistar títulos. Mas talvez tenha uma maneira pela qual você quer fazer isso”, continuou.

O alemão mostrou diferente da maioria dos técnicos e dirigentes mais uma vez. “Se todos nadarem na mesma piscina, a piscina fica pequena – todos vão atrás dos mesmos jogadores. Há muitos fora da piscina. Bons jogadores dando o próximo passo na carreira. Tentamos encontrá-los. É legal saber quem foi o melhor jogador da última temporada, mas é mais interessante encontrar o melhor jogador da próxima temporada. Se soubéssemos agora, seria uma transferência muito legal. E muito mais barata. É para isso que trabalhamos. Não é ser criativo porque ser criativo é bacana. É encontrar jogadores que podem dar o próximo passo junto conosco”, afirmou.

Finalizando, o treinador falou sobre a análise feita antes da contratação e sobre a ideia do custo-benefício, que o clube onde estiver nunca fará loucuras. “Se estivermos convencidos que alguém é o jogador certo, vamos pensar sobre dinheiro. Teremos um preço, vamos perguntar e trabalhar por isso. Isso é algo que deveríamos fazer? Se concordarmos, faremos, mas apenas pelo preço certo”, concluiu.