A torcida do Milan espera que o técnico Filippo Inzaghi supra a carência de técnicos competentes no clube italiano nesta temporada. Com um elenco basicamente limitado e um presidente mesquinho, o ex-centroavante do Diavolo assumiu o comando do time após seis meses de altos e baixos de seu antecessor, Clarence Seedorf, e já dá indícios de que os torcedores podem enxergar uma luz no fim de um túnel bem sombrio e assustador.

Vivendo um drama desde a saída do vitorioso Carlo Ancelotti, em 2009, o Milan não consegue arranjar um técnico que consiga levar o clube de Milão de volta às glórias. Depois de ‘Carletto’, como é carinhosamente chamado pelos torcedores, passaram-se Leonardo, Massimiliano Allegri e Clarence Seedorf, porém nem um foram unanimidades e acabaram demitidos.

Apesar dos bons resultados que Clarence Seedorf obteve na última temporada onde tirou o rossonero da 13ª colocação para levá-lo à 8ª, acabou demitido e o cargo de treinador do Milan ficara à disposição. Com trabalhos excepcionais pela base do clube, o telefone de ‘Pippo’ toca e Adriano Galliani, CEO do rossonero e maior estimador de seu trabalho, lhe oferece a oportunidade de treinar o time principal. Ele aceitou, evidentemente.

Apoiado pela esperançosa e exigente torcida milanista, embora alguns tifosi ainda lamentavam a saída de Seedorf, Inzaghi chegou e foi logo realizando suas mudanças no time. Antes do início da pré-temporada o italiano já havia declarado que usaria um esquema tático mais ofensivo (4-3-3), e com isso ocorreram algumas mudanças. A principal delas foi o deslocamento do japonês Keisuke Honda, que pouco atuou na última temporada por não estar adaptado ao Calcio, para a ponta direita, que agora recua mais ao trio de meio-campistas para dar mais qualidade à transição do meio ao ataque.

Inzaghi vai se virando com os poucos reforços que chegaram

Não é de hoje que o Milan não vive sua melhor fase na parte financeira. Diferentemente de algumas potências mundiais que chegam a desembolsar cerca de € 40 milhões num jogador mediano, como é o caso de Real Madrid, Chelsea, Paris Saint-Germain, Manchester City, etc., o Diavolo sofre para contratar um jogador por empréstimo – e quando contrata corre serio risco de não ser contratado em definitivo ao final do contrato, vide o meia-atacante marroquino Adel Taarabt.

Às vésperas do início da Serie A e do fechamento da janela de transferências, Adriano Galliani corre contra o tempo para contratar (por empréstimo, é claro) um meio-campista que possa substituir o capitão Riccardo Montolivo, com a tíbia da perna esquerda fraturada, até o início de 2015 e um centroavante para o lugar de Balotelli, que foi contratado pelo Liverpool por € 20 milhões.

Mesmo sem dinheiro em caixa, às vezes Galliani retira um coelho da cartola e surpreende a todos com um “negócio da China”. Foi assim com o goleiro Diego López e com o lateral Pablo Armero, que não custaram um centavo aos cofres do rossonero – o colombiano está emprestado até junho de 2015, mas o Milan obtém a opção de compra. Portanto, a tendência é o Milan anunciar umas duas ou três contratações até o dia 31 de agosto, último dia de janela aberta para realizar transferências.

Fora das competições europeias, o rossonero se concentrará somente em duas competições nesta temporada: Serie A e Coppa Italia. No próximo domingo (31), às 13h (de Brasília), o Milan recebe no estádio San Siro, em Milão (ITA), a Lazio iniciando corrida pelo Scudetto.

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