O jogo no estádio Carlo Castellani, entre Empoli e Roma, pela segunda rodada da Serie A, neste sábado (13), foi fraco e definido no primeiro tempo com os visitantes levando a melhor vencendo por 1 a 0, com gol contra de Sepe.

Os times resolveram proporcionar lances de perigo apenas entre o décimo e o décimo-quinto minuto e nos 15 minutos finais dessa metade de partida. Nainggolan teria feito seu segundo gol na Serie A, mas o árbitro Gervasoni di Mantova assinalou gol contra de Sepe, numa jogada onde a bola bateu na trave e em suas costas antes de entrar.

A Roma chegou para o jogo contra o Empoli com time misto, poupando alguns jogadores para o confronto do meio de semana contra o CSKA, jogando com um ataque completamente reserva e sem Kevin Strootman no meio de campo. Nainggolan o substituiu e o ataque foi formado por Florenzi, Ljajic e Destro, três jovens que já são importantes para a Roma. O Empoli veio com força máxima para a partida, sem desfalques e empurrado por sua apaixonada torcida, que fazia muito barulho, tentando motivar o time em busca de uma vitória.

Com essa vitória, a Roma chega a seis pontos no campeonato e visa repetir o começo de temporada do último campeonato, onde obteve 10 vitórias em 10 jogos. Já o recém-promovido Empoli não conseguiu marcar seus primeiros pontos na Serie A 14/15. O time da capital italiana agora viaja de volta para Roma onde, no dia 17, estreará na Champions League, contra o CSKA Moscow. Já o Empoli descansa por mais tempo e no próximo sábado (20), enfrentará o Cesena fora de casa, pela Serie A.

Primeiro tempo tem oportunidades no fim e gol sai no último lance

O jogo começou sem muitas emoções, com os dois times se estudando, observando a postura do adversário em campo para tomar as ações depois de algum tempo. Esse tempo foi de 11 minutos, quando Nainggolan lançou Florenzi pela direita. O jovem italiano finalizou de primeira e obrigou o goleiro Sepe a fazer uma boa defesa. Nesse ponto do jogo, a Roma dominava completamente, com o "Ninja" Nainggolan ditando o ritmo do jogo no meio de campo e Maicon e Ashley Cole apoiando muito. Como exemplo desse domínio, os giallorossi chegaram a ter 83% de posse de bola nos primeiros 15 minutos.

A partida correu sem nenhum lance de perigo até os últimos 15 minutos, quando Tavano obrigou o goleiro De Sanctis a fazer sua 1ª defesa na partida. A partir daí, os dois times alternaram as chances de abrir o placar. Primeiro o Empoli num contra-ataque originado a partir de uma bola que Pjanic perdeu no meio de campo. O time da casa teve uma chance no três contra três, mas Manolas travou o chute.

Dois minutos depois, a Roma fez uma grande jogada, criada novamente por Radja Nainggolan, que lançou Florenzi, dessa vez pela esquerda. O polivalente jogador da Roma escorou de cabeça buscando Maicon do outro lado da pequena área. O lateral finalizou e só não abriu o placar porque foi impedido pela trave. Pjanic ainda tentou a finalização no rebote, mas a defesa bloqueou e, na briga pela bola, Sepe saiu com ela nas mãos. Pouco após, Tavano cobrou falta por fora da barreira e Morgan De Sanctis trabalhou muito bem novamente, sem dar rebote, comemorando a defesa na sequência.

E a frase clássica: "por último, mas não menos importante" nunca fez tão sentido quanto nesse jogo. No último lance do primeiro tempo, Nainggolan arriscou um chute rasteiro de longe, a bola bateu na trave, nas costas do goleiro Sepe e entrou. Festa da torcida do time visitante e fim de primeiro tempo. Foi a última jogada criada e logo após a comemoração, o árbitro encerrou a primeira etapa.

Segunda etapa é fraca tecnicamente e não tem grandes chances

A Roma voltou dos vestiários com uma alteração na sua defesa. Leandro Castán sentiu um problema muscular e pediu para sair. Foi substituído por Davide Astori. O time da casa voltou sem mudanças. 

O segundo tempo começou quente, com Verdi fazendo bonita jogada pela esquerda, driblando Manolas e finalizando de canhota, mas o zagueiro grego se recuperou e conseguiu tocar com a ponta da chuteira, tirando a bola da direção do gol e cedendo escanteio para o time azul e branco. A Roma acordou rapidamente e já pressionava a saída de bola do adversário.

Aos 11 minutos do segundo tempo, Maicon, que continuou apoiando muito na segunda etapa, ao contrário de Cole, acelerou pela direita, tabelou com Florenzi e recebeu cara a cara com o goleiro. Porém, hesitou um pouco na finalização, o que foi suficiente para Sepe sair do gol, fechar o ângulo e operar excelente defesa, evitando o segundo gol dos visitantes.

O jogo seguiu morno, sem nenhum lance de perigo até que houve novamente um lance polêmico dentro da área. O centroavante Mchedlidze recebeu, foi derrubado por Manolas, que também tocou na bola. O juiz estava bem posicionado e mandou o jogo seguir. O camisa 9 do Empoli reclamava enquanto o 44 da Roma caiu sentindo o joelho esquerdo, mas voltou depois de receber atendimento médico. Nos pênaltis reclamados pelos jogadores e pelas torcidas, 1x1. 

Daí pra frente, não houve muitas jogadas criadas. O Empoli tinha maior posse de bola, mas não conseguia ameaçar o gol de De Sanctis, com a defesa da Roma estando muito bem postada. Quando tinha a posse de bola, o time vermelho e amarelo tentava gastar a posse de bola no ataque, com a troca de passes entre seus meias. E o jogo seguiu nesse ritmo até seu fim, sem mais jogadas de perigo e nenhum dos times adicionou nada a partida. O apito do juiz foi como música para os ouvidos romanistas. Os jogadores se reuniram no meio de campo e foram, todos juntos e de mãos dadas, saudar a torcida, em gesto que já é tradicional, tanto no Olimpico quanto fora dele, desde que a Roma esteja em campo. Enquanto isso, a torcida do Empoli, que cantou durante todo o jogo, aplaudia seus jogadores.

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Sobre o autor
Gabriel Menezes
Jornalismo na UFRJ. Coordenador e setorista de Botafogo; Coordenador de Futebol Americano e Italiano