Na tarde deste sábado (20), Roma e Milan se enfrentaram no grande clássico da rodada 16ª na Serie A. O jogo no Stadio Olimpico, na capital italiana, foi disputado até o fim e recheado de polêmica, mas o placar não saiu do zero e as equipes terminam 2014 na parte de cima da tabela.

Vindo de vitórias na última rodada, os dois times entraram em campo neste sábado a fim de terminar o ano com uma grande vitória, mas nada disso ocorreu. O grande destaque da partida foi o goleiro do Milan, Diego López, que foi determinante nas defesas por vários momentos da partida.

Por outro lado, o vilão da história ficou por conta do lateral-esquerdo Pablo Armero, que foi expulso na metade do segundo tempo e deixou sua equipe com dez jogadores em campo.

Com o resultado, a Roma permanece na vice-liderança com 36 pontos, três atrás da Juventus, que derrotou o Cagliari na quinta-feira (18). Já o Milan segue sétima colocação com 25 pontos e pode ser ultrapassado pela Fiorentina, que joga neste domingo (21) contra o Empoli.

Já na primeira semana de janeiro haverá rodada da Serie A. O próximo compromisso da Roma é a Udinese, em Udine, às 12h (de Brasília). O Milan, por sua vez, joga no mesmo dia e horário, mas contra o Sassuolo, em Milão.

Posse de bola da Roma engole Milan, mas giallorossi não conseguem marcar

Com o Stadio Olimpico lotado, a Roma levou um susto logo no primeiro minuto de partida. Honda abriu espaço na ponta direita e exigiu boa defesa de De Sanctis ao finalizar rasteiro de fora da área.

Aplicado taticamente, o Milan deixava a Roma tocar bola no campo defensivo e pressionava quando os giallorossi quando ultrapassavam a linha de meio-campo, sempre no 4-3-3 variando para um 4-2-3-1 compacto.

A primeira boa oportunidade da Roma aconteceu aos 20 minutos. Totti, sempre magistral em seus lançamentos, deixou Florenzi em boa condição de abrir o placar, mas foi travado por Mexès em cima da hora e a bola foi para a linha de fundo.

Explorando o lado direito da defesa rossonera – o mais fraco, em tese, já que Bonera atuava improvisado –, Gervinho passou pelo defensor e foi derrubado. Totti ajeitou a bola e testou o reflexo de Diego López, que espalmou para a linha de fundo. Na cobrança de escanteio, De Jong desviou a bola com a mão e a jogou para a linha de fundo, mas o árbitro Nicola Rizzoli não assinalou nada.

Aos 28 minutos, o arqueiro do Milan confirmou a boa fase ao fazer uma grande defesa. Carregando a bola em velocidade, como de praxe, Gervinho abriu espaço na área após driblar Poli e Mexès e finalizou forte, mas o goleiro espanhol conseguiu impedir o gol giallorosso.

Com pouco poder de criação, o Milan passou a maior parte do primeiro tempo acuado em seu campo defensivo esperando a Roma dar brechas para encaixar um contra-ataque fatal. Como isso não estava acontecendo graças ao ótimo entrosamento da Roma, o jeito era arriscar de fora da área. E Mexès quase marcou um golaço desse jeito, mas De Sanctis evitou o pior ao colocar a bola para a linha de fundo.

Milan fica com dez em campo, mas Diego López volta a brilhar e segura zero no placar

As equipes voltaram do intervalo, mas parece que somente o Milan queria vencer o último compromisso de 2014. Mais agressivo e contundente, os comandados de Filippo Inzaghi chegaram perto com Ménez: Armero cruzou para a área, Honda escorou para trás de cabeça e Ménez chegou chutando; De Sanctis defendeu.

Claramente melhor em campo, embora a Roma tivesse com uma posse de bola absurda, o Milan teve uma das melhores oportunidades do jogo com Poli. O camisa 16 recebeu passe de Ménez na entrada da área, clareou e mandou o chute forte, mas a bola passou rente à trave esquerda do goleiro giallorosso e foi para fora.

O tempo passava e o gol rossonero estava amadurecendo. Não à toa que Bonaventura passou como quis na defesa romanista e obrigou De Sanctis a fez uma grande defesa.

Aos 70 minutos, no entanto, Armero colocou tudo a perder quando colocou mão na bola e recebeu o segundo cartão amarelo, resultando no vermelho. Milan com dez em campo. Com isso, Inzaghi foi obrigado a sacar Honda – que passou parte do jogo desaparecido dentro de campo – para colocar o brasileiro Alex, a fim de recompor sua defesa.

Após a expulsão, a Roma impôs uma pressão fulminante sobre o time de Milão, mas não conseguiu sequer oferecer muito perigo à meta de Diego López – o time de Rudi García quase não finalizou de fora da área. A grande oportunidade, de fato, ocorreu aos 90+3, quando Gervinho tabelou com Destro dentro da área e ficou cara a cara com o arqueiro espanhol. Sólido e intransponível, o camisa 23 impediu o gol e salvou o Milan da derrota no Stadio Olimpico.