Segundo o presidente da FIGC, Carlo Tavecchio, a ação que a Juventus está movendo contra a Federação pelo Calciopoli poderia trazer ações devastadoras para o órgão: "A Juventus poderia levar a FIGC à falência", segundo o dirigente. A Juventus está buscando uma indenização de 443 milhões de Euros por danos provenientes pelo Calciopoli, escandalo de compra de resultados acontecido em 2006 e que resultou no rebaixamento da Juventus para a Serie B. 

O clube de Turim move uma ação cívil, citando na própria ação a perda de renda, jogadores e danos à reputação, graças ao escandalo. O presidente Tavecchio deu mais detalhes de como está a relação entre a Federação e a Juventus: "Como uma ação de 443 milhões de Euros não pode ser considerado um problema? Como você poder ir almoçar com alguém que está reinvidicando esse valor contra você? Sempre que me encontrei com o presidente da Juventus, Andrea Agnelli, ele se mostra aberto em conversar, mas nunca entrou em maiores detalhes."

Tavecchio tenta uma resolução com a Juventus, mas considera difícil a situação: "Eu prefiro apenas apertar a mão a Juve e dizer a todos em um tom mais baixo, mas eu não posso fazer isso. A FIGC tem uma dignidade. Nós somos servos de todos, mas não somos escravos de ninguém.", e completou falando: "Nós só temos de nos livrar do pedido de indenização, então não há nada que nos faça avaliar as regras e os argumentos que a Juventus acredita que deve ser avaliados. Nós somos os primeiros a compreender que, quando você ganhar um título no campo você tem o direito a ela. A Juventus não precisava ganhar no tribunal."

Na última semana, o supremo tribunal da Itália prescreveu a maioria das acusações contra os ex-diretores da Juventus, Luciano Moggi e Antonio Giraudo, envolvidos no escandalo.