Em meio a toda turbulência que vive o futebol mundial após o escândalo envolvendo a Fifa e o FBI americano, varias suspeitas de fraudes estão sendo levantadas por diversas mídias de todo o Mundo. Na Itália, uma expulsão exagerada de Francesco Totti, na Copa do Mundo em 2002, pode ter sido armação para beneficiar a anfitriã Coreia do Sul.

Após as prisões de cartolas e ex-presidentes de confederações por conta de possíveis fraudes, extorsões e lavagem de dinheiro, as mídias por todo mundo levantam inúmeras suspeitas de manipulação, principalmente quando o assunto é favorecer países para que pudessem sediar o torneio mais importante da modalidade, a Copa do Mundo. Mas não é somente nisso que todos estão levantando hipóteses, até influência em resultados do mundial está sendo cogitado.

Na Itália, o jornal Corriere della Sera, de Roma, trás na sua capa dessa sexta-feira (29) uma polemica antiga, noticiando que má arbitragem do equatoriano Byron Moreno na Copa do Mundo de 2002 teria sido proposital. A partida em si foi contra um dos anfitriões, a Coreia do Sul, já nas quartas de finais do torneio. Segundo afirmam os italianos, o árbitro, que não esteve no seus melhores dias naquele jogo, teria favorecido os coreanos para que eles pudessem ir as semifinais, e isso faria parte sim da conspiração que o FBI vem investigando Suíça. Naquele jogo, Itália e Coreia do Sul empataram no tempo normal em 1 a 1, levando o jogo para a prorrogação. Na época, ainda existia o Golden Gol, ou seja, quem marcasse um gol ficaria com a vaga. Logo no inicio do jogo, Francesco Totti, atleta da Roma, disputou com coreano dentro da área e caiu, pedindo pênalti. O árbitro, Bryon Moreno, entendeu que o italiano teria simulado a falta e aplicou o cartão amarelo, como era o segundo de Totti, ele acabou sendo expulso, o que deixou os italianos furiosos. Já no segundo tempo da prorrogação, Ahn, que havia perdido um pênalti no tempo normal, também bastante questionado pelos italianos, subiu mais alto que a defesa da azurra e colocou a Coréia do Sul pela primeira e única vez numa semifinal de Copa do Mundo.

Na época, Joseph Blatter, que já era presidente da Fifa, defendeu publicamente o árbitro equatoriano, dizendo que ele não interferiu em nada no resultado, e atribuiu a eliminação dá Itália ao mal futebol e as chances desperdiçadas durante todo o jogo. É verdade que Cristian Vieri e cia perderam o jogo, mas quem assistiu aquele jogo viu uma péssima arbitragem em Copa do Mundo como pouco se viu, e, até os dias de hoje, é usada como referência quando o assunto é equívocos dos juízes de futebol. Se não bastasse isso, Bryon Moreno tem um passado que não o deixa livre de qualquer suspeita. O equatoriano, que hoje é comentarista em seu país, já foi flagrado fazendo trafico de drogas nos Estados Unidos e já manipulou jogo no Campeonato Equatoriano. Em meio a toda essa confusão, o Corriere della Sera trás a tona um assunto já superado pelos italianos, com a conquista em 2006, mas que, de certa forma, faz com que as autoridades fiquem com mais uma pulga atrás da orelha.