Nesta segunda-feira (28), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu, após julgamento, punir o Brasília com a perda dos pontos do segundo jogo da final da Copa Verde de 2014, competição a qual reúne equipes das regiões Norte e Centro-Oeste (à exceção de Goiás) e do Estado do Espírito Santo. Os nomes do lateral-direito Fernando, do zagueiro Índio, do meia Gilmar e do atacante Igor não haviam sido publicados no Boletim Informativo Diário (BID) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) dentro do prazo estabelecido para a inscrição. Com isso, o título da competição regional e a vaga na Copa Sul-Americana de 2015 ficaram com o Paysandu.

Dentro de campo, as duas equipes haviam empatado em 3 a 3 no placar agregado (o Paysandu venceu por 2 a 1 no jogo de ida, disputado no Mangueirão, e foi derrotado pelo mesmo placar na partida de volta, jogada no Estádio Nacional Mané Garrincha) e decidiram o título do certame nos pênaltis. Depois de uma longa disputa, os candangos venceram por 7 a 6 e ficaram com a taça.

Todavia, o departamento jurídico do Papão da Curuzu denunciou a escalação irregular de quatro jogadores da equipe adversária na grande decisão, realizada no dia 21 de abril, e retomou a disputa, agora fora das quatro linhas. Na sessão do último dia 14 de julho, foi a vez de o departamento jurídico do Colorado apresentar um documento o qual comprovava a inscrição dos atletas no BID da CBF, fazendo com que Cláudio Roberto Pieruccetti, presidente da comissão, suspendesse o julgamento para a análise das provas.

Posteriormente, no dia 21, a CBF assumiu a culpa ao divulgar um ofício afirmando que os atletas do clube da capital federal estariam regulares. Em contrapartida, Alberto Maia, advogado do Paysandu, afirmou que tal episódio não inocentava o time do Distrito Federal e reforçou que seguia confiante para o embate.

"Em nenhum momento a lei permite que um registro seja visto com caráter retroativo, ou seja, o registro dos jogadores foi feito fora do prazo. Pode ter sido por conta do problema técnico, mas isso não tira o fato de que os registros foram concretizados fora do prazo, o que deixa os jogadores irregulares para a partida", disse em entrevista ao jornal paraense O Liberal.

Com o julgamento retomado nesta segunda, a cúpula, por unanimidade de votos, optou por condenar o Brasília pelas irregularidades. Os candangos já confirmaram que irão recorrer da decisão.

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