Após um enorme jejum de vitórias perante a França, o Brasil conseguiu superar o histórico de derrotas em território inimigo e saiu do Stade de France com uma virada por 3 a 1. Os gols foram de Oscar, Neymar e Luis Gustavo. Varane abriu o placar para os franceses.

Dunga segue invicto nesta sua volta ao time brasileiro e venceu a sétima partida seguida no comando da Seleção. Agora, o Brasil vai à Londres enfrentar o Chile, domingo (29), em outro amistoso.

Já a França, que se prepara para a Eurocopa volta suas atenções para a Dinamarca, domingo (29), jogando fora de casa em mais um jogo amistoso.

França sai na frente, Brasil faz bom primeiro tempo

Tem lugares que sempre deixam marcas. O estádio da final da Copa de 98 é um destes que faz o futebol brasileiro tremer. Nesta tarde, a Seleção conseguiu mostrar uma boa consistência de jogo. Com Elias vivendo boa fase, Dunga o colocou desde o princípio e escolheu Roberto Firmino como falso 9. A tática se fazia boa. O time tinha mais posse de bola, conseguia ter uma boa recomposição e tinha transição rápida.

A França tentava ir no ritmo da torcida, mas pecava na criação. Jogando com dois volantes de mais marcação, não levava a bola redonda aos meias de criatividade. A forte marcação não deixava espaços e se fechava com duas linhas de quatro, a partir da sua intermediária. Com a bola, Valbuena, aberto pela direita e Griezmann não conseguiam armar jogadas para o astro Benzema. Os maiores sustos dos Bleus eram nas bolas paradas, em faltas ou escanteios.

E foi num corner que os franceses abriram o placar. Valbuena bateu e Varane se aproveitou da sua estatura maior para ganhar de Miranda e abrir o placar. Neste momento, o Brasil era melhor e tinha suas chances em chutes de fora de Firmino. Os donos de casa inauguraram o placar na segunda grande chance. Na anterior, Jefferson fez milagre em cabeçada à queima roupa de Benzema.

Mesmo com o gol, o Brasil controlava a partida. Oscar começava a aprecer mais e o trio Neymar- Firmino-Willian começava a entrar no jogo. As infiltrações para quebrar a linha de defesa francesa davam certo e Mandanda tinha trabalho para evitar o empate.

Em lance de Oscar pela esquerda e com pivô bem feito de Roberto Firmino, a zaga se preocupou mais com Neymar do que com o meia do Chelsea e  numa passagem por trás da zaga, Oscar recebeu ótima devolução de Firmino para, de bico, empatar o duelo.

Etapa de mais movimentação e de quebra do tabu

Sem mudanças, as seleções voltaram e a expectativa era de uma França mais operante. A torcida demonstrava certa decepção com o futebol da etapa inicial e os azuis foram se impondo, trabalhando mais a bola pelo chão, Valbuena e Griezzman incomodavam mais as laterais. O Brasil precisava voltar a marca mais à frente. Elias estava muito afundado na marcação defensiva e pouco aparecia ofensivamente. A aproximação entre os meias e a chegada dos laterais eram menos frequentes.

Até que a forte chegada do meia corinthiano apareceu. Num bote no meio campo e boa arrancada, achou Willian pelo meio com liberdade. O meia avançou e deu passe açucarado para Neymar, aberto pela esquerda, chutar forte, cruzado de pé esquerdo, sem nenhuma chance para Mandanda.

A virada acordou os mandantes. Voltando a mandar bolas na área brasileira, a França quase chegou ao empate com Benzema, livre nas costas de Filipe Luís, mandando para fora a sua melhor chance. Em outra falta, Varane quase marcou mais um gol, dessa vez aparecendo no segundo pau e finalizando perto. A pressão era enorme e quando os franceses acertaram o alvo, Jefferson fez grande defesa, em chute forte de Valbuena

A sequencia da França deixou o time de Dunga assustado. Não conseguia armar contra-ataques e nem por a bola no chão criar chances. Só que o maior perigo dos mandantes foi decisivo para matar o jogo para o Brasil. Num escanteio da direita, Luis Gustavo subiu mais que a zaga e matou o jogo. O terceiro gol fez os franceses sentirem e não conseguirem mais trabalhar com intensidade. A partir daí, o que se viu foi um Brasil tranquilo, consciente e perdendo vários gols, como em chute de Oscar de fora da área, e com Willian, na grande área. Em ambas, Mandanda fez grandes intervenções.

Com o resultado consolidado, os treinadores resolveram mexer nas equipes. As mudanças esfriaram o jogo e o Brasil conseguiu importante vitória para a sequência do trabalho.