A primeira partida das quartas-de-final da Série C não faltaram polêmicas, lances fortes, emoção até o fim. Vila Nova e Portuguesa fizeram bom jogo no Serra Dourada, para grande público presente no estádio.

E esse torcedor goiano voltou para casa com a vitória magra, mas que lhe dá a vantagem para o jogo da volta, no Canindé, semana que vem. Graças à Ramires, o Vila bateu por 1 a 0, após chute da grande área e vencendo a defesa lusitana.

Para o próximo duelo, o time goiano só precisa de um empate para garantir uma vaga na Série B e nas semifinais. Já a Portuguesa vai contar com o Canindé lotado para vencer por dois gols de diferença. Caso vença pelo mesmo placar, teremos pênaltis, na capital paulista.

Jogo pegado e poucas chances de gols

Com as duas equipes precisando de gols por objetivos diferentes, Vila Nova e Portuguesa entraram sem se segurar tanto na defesa. O time da casa sentia a pressão e errava muito na saída de jogo, sentindo a ausência de um meia para armar as jogadas.

A Lusa fazia um jogo um pouco mais cauteloso e atacava usando bem o homem de referência, Guilherme Queiroz. Victor Bolt fazia bem a transição, além de anular as jogadas de ataque do time rival. Só que o mesmo meia foi protagonista de um lance polêmico. Em uma dividida, o camisa 10 deu uma solada na cara do rival, lhe rendendo apenas cartão amarelo. O lance foi muito discutido e o vermelho não seria nada mal para o jogador da Lusa.

A torcida, presente em ótimo número, aumentou o apoio, vendo que a equipe goiana não conseguia se impor. Isso foi mais evidente quando Guilherme Queiroz apareceu bem no ataque e carimbou o travessão do goleiro do Vila. Os laterais paulistas dominavam o setor no ataque e criavam grandes chances.

A resposta do Vila Nova foi quase fatal. Primeiramente, com chutes de fora da área, com Moises e Ramires, obrigando Anderson à boas defesas, mas já na reta final, o melhor lance da primeira etapa esquentou de vez a partida. Bruno Lopes fez grande jogada pela direita, cruzou fechado e Frontini surgiu pelo meio da defesa para mandar uma letra sensacional, vencer o goleiro, mas parar em Anderson Luis encima da linha.

O lance acendeu a torcida e o jogo, que passou a ter mais chutes, mas todos sem muito perigo e o primeiro tempo chegou ao fim com o placar zerado.

Lusa pressiona, mas Vila larga na frente

A volta do intervalo aumentou o ritmo da equipe paulistana. Com Guilherme Queiroz mais ativo e flutuando entre a defesa rival, incomodava, tanto na bola aérea, quando no apoio aos meias de seu time.

O Vila Nova demorou para se encontrar na partida e errava passes no meio campo, quebrando o ímpeto que a equipe tinha e não conseguindo tirar a Lusa de seu campo. Só que a bola aérea dos mandantes fizeram a diferença.

Primeiro, uma falta da direita obrigou Anderson a boa defesa, em chute de Francesco, de fora da área. Na sequência, outra bola levantada e dessa vez, as coisas deram certo pro time de Goiás. A zaga da Portuguesa afastou mal, a bola ficou oferecida para Ramires, que mandou uma pancada e estufou as redes rivais.

O placar aberto trouxe mais tranquilidade aos mandantes, mas fizeram o time colorado recuar demais. Isso chamou a Portuguesa para o ataque e o jogo se tornou dominado em metade do campo. A partda entrava na reta final e a sorte ajudou o Vila. No primeiro lance, Edson fez um milagre ao parar cabeceio mortal de Dieguinho. Pouco depois, o goleiro teve a ajuda do travessão novamente, parando uma pedrada de Boquita, que mandou de primeira, após rebote da defesa.

Os lances sacramentaram a noite da Lusa, que não conseguiu o gol de empate e que lhe daria grande vantagem. No jogo da volta, precisará reverter o placar e vencer por dois gols de diferença. A torcida promete apoio.