O Santa Cruz conseguiu na tarde deste domingo (17) o que muita gente não esperava. Após duas derrotas e um empate, a Cobra Coral conseguiu vencer o Bahia pelo placar de 1 a 0 em plena Arena Fonte Nova e conseguiu se classificar pela primeira vez na história para as finais da Copa do Nordeste, de quebra tirando a invencibilidade dos baianos na competição.

O gol de Grafite aos 13 minutos do primeiro tempo garantiu a vaga do Tricolor do Arruda na decisão do Nordestão, que também contará com a presença do Campinense. A Raposa se classificou após vencer o Sport por 1 a 0 no Amigão, também na tarde deste domingo, e ser bem-sucedido na decisão por pênaltis, que terminou com o placar de 3 a 1 para os raposeiros.

As finais serão realizadas nos dias 27 de abril, quando será realizada a primeira partida no Arruda, e no dia 1 de maio, dia da grande decisão no estádio Amigão. Antes disso, os corais terão mais um grande desafio pelas semifinais do Campeonato Pernambucano, na qual enfrentarão o Náutico em dois confrontos nos dias 20 e 24 de abril.

Grafite e Tiago Cardoso garantindo o triunfo coral

Precisando da vitória, o Santa Cruz começou pressionando, mas teve sua saída de jogo dificultada pela marcação baiana nos primeiros minutos. Porém aos 13 minutos, na primeira oportunidade de gol, Grafite pegou a bola após falha do zagueiro Robson, ganhou a disputa contra o goleiro Marcelo Lomba e, sem dificuldade, abriu o placar para a Cobra Coral.

Após o revés, o Bahia passou a procurar mais o gol, fazendo valer seu papel de mandante. Aos 18 minutos Hernane arriscou uma meia-bicicleta da grande área, mas a bola foi para a linha de fundo. Ainda com dificuldade de chegar ao gol devido à marcação coral, o Esquadrão perdeu outra boa chance aos 29 minutos quando Edigar Junio sem marcação chutou para fora do gol.

O grande nome dos minutos finais da primeira etapa foi o goleiro Tiago Cardoso, que evitou o gol de empate em pelo menos três oportunidades. Primeiro aos 36 minutos, quando Tiago Ribeiro ganhou uma disputa pelo alto e cabeceou para o goleiro coral espalmar. Dois minutos depois a cabeçada foi de Edigar Junio, também espalmada pelo arqueiro coral. Aos 45 minutos foi a vez do fogo amigo de Keno que quase fez contra, mas Tiago Cardoso defendeu a bola rasteira.

Poucas chances de gol e muito nervosismo

Ao contrário do que se imaginava, o Santa Cruz não entrou recuado na segunda etapa. Já aos 7 minutos quase amplia o marcador através de Grafite, que recebeu cruzamento na grande área, dominou a bola, mas na hora do chute de perna esquerda pegou com muita força e a redonda passou por cima do gol de Marcelo Lomba.

O Tricolor de Aço revidou em outras duas oportunidades. Primeiro aos 17 minutos após furada de Grafite em cobrança de escanteio, Edigar Junio pegou o rebote mas errou o chute. Um minuto depois o mesmo Edigar Junio tocou a bola para Hernane, que tentou fazer o gol de peixinho mas a bola passou muito perto do gol santacruzense.

Mais perto do fim, o jogo ficou dramático e cada vez mais nervoso. Aos 29 minutos quase Wallyson marcou um gol olímpico, mas Marcelo Lomba estava atento e espalmou para escanteio. A partir daí praticamente não houve mais futebol, apenas catimba e expulsões do técnico Milton Mendes após uma cabeçada no auxiliar do Bahia, do zagueiro Robson, do meia João Paulo e do lateral Moisés. No fim, muita festa coral no gramado da Arena Fonte Nova.