É esperado que o Juventude sempre incomode no Campeonato Gaúcho. Clube tradicional no Brasil, os alviverdes nunca vendem uma derrota sem suar até o último minuto. Mas, faltava algo para o clube de Caxias do Sul voltar a conquistar o seu estado. Em 2015, a equipe ficou a um passo da Série B, por conta do saldo de gols.
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Com a chegada bons reforços, como o retorno de Hugo ao time, e a revitalização de alguns setores do campo, como a revelação do atacante Brenner, vice-artilheiro do Gauchão, que já está de contrato encaminhado com o Internacional, e não joga mais pelo clube. Além de tudo isso, a contratação do técnico Antonio Carlos, zagueiro, assim como Argel, que mudou a postura tática da equipe. Equipe essa que está na final do Campeonato Gaúcho 2016!
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Os alviverdes começaram a competição com o pé direito. No Alfredo Jaconi, Itaqui e Brenner marcaram os gols da vitória do Juve, sobre o São Paulo-RS, por 2 a 1. Quando a partida estava igualada, o goleiro Elias (um dos heróis da campanha), defendeu um pênalti.
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Embalado, o Juventude se tornou rapidamente o líder da tabela. Com 100% dos pontos conquistados em cinco rodadas, a equipe de Antonio Carlos estava chamando muito atenção. Na sexta rodada, um empate por 0 a 0 com o Ypiranga, e logo em seguida, o duelo com Inter, onde o colorado marcou com Eduardo Sasha e quebrou a invencibilidade dos alviverdes.
Entretanto, o time de Caxias do Sul logo se reergueu, vencendo o Brasil de Pelotas, dentro da casa dos Xavantes, por 1 a 0. Artilheiro da competição até então, o centroavante Benner foi vendido ao Internacional. É aí que Roberson, ex-Grêmio, entre em ação.
A derrota para o Veranópolis, por 1 a 0, na 11° rodada fez com que o time caísse para a terceira posição, uma vez que, o Grêmio e o São José haviam embalado na competição e tornaram-se líder e vice-líder, respectivamente. Já classificado, o Juve deu trabalho para o Grêmio na Arena, e empatou por 2 a 2, terminando a fase de grupos na quarta colocação.
Mata-mata
Diante do Ypiranga, o Juventude fez uma das suas melhores partidas no ano: 4 a 1 ao natural, e classificação tranquila às semifinais, com os gols de Hugo (2x), e Roberson, o substituto de Brenner (2x).
Nas semifinais, o poderoso Grêmio, com classificação já afirmada na Libertadores e em alto nível, com o melhor ataque do Brasil. No Alfredo Jaconi, os alviverdes anularam o poderoso ataque gremista, e através da bola parada, marcaram com Roberson e Klaus, ficando com uma grande vantagem para a partida de volta, na Arena. 2 a 0.
No estádio gremista, o Tricolor precisava ganhar por três ou mais gols de diferença, e caso levasse um precisaria fazer quatro. Apoiado pela sua torcida, a equipe de Roger Machado impôs uma intensidade incrível e marcou dois gols, resultado que levaria a decisão para os pênaltis. Mas, logo em seguida, Roberson, o substituto de Brenner, o desconfiado, ex-Grêmio, marcou o gol da classificação dos alviverdes, dentro da Arena, calando o torcedor gremista e fazendo com que Antonio Carlos fosse levantado pelos seus jogadores.
Além de tudo isso, a atuação estupenda do goleiro Elias, de apenas 20 anos, que fechou o gol na partida e carimbou os alviverdes na final. Campanha histórica.
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Mas, o Juve não quer parar por aí. Ainda há uma final para ser disputada, diante do Internacional. O time de Caxias do Sul pode, de fato, ser campeão gaúcho e bater de frente com os grandes do estado, como demonstrou nas semifinais. Entretanto, precisará muito da força de sua torcida e do resultado de ida, no Alfredo Jaconi. Resultado esse que será descoberto no domingo (1), pela finalíssima.